Operação foi deflagrada na manhã desta quinta (24) (Foto: Polícia Federal, Divulgação)

Cerca de ­­­80 Policiais Federais estão cumprindo 26 mandados judiciais, sendo 14 de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta quinta (24) a 7ª fase da “Operação Pecúlio”. A operação executa medidas judiciais da 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu para desarticular grupo de pessoas que desviava recursos da administração pública de Foz e da câmara municipal da cidade.

Cerca de ­­­80 Policiais Federais estão cumprindo 26 mandados judiciais, sendo 14 de condução coercitiva e 12 mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados.

As evidências apontam que no biênio 2014/2015 foram indevidamente incluídos plantões médicos fictícios lançados em benefício de empresa credenciada junto à prefeitura, sendo os respectivos valores utilizados para complementar a remuneração de agentes públicos – em alguns casos, burlando o limite salarial constitucionalmente previsto para servidores da esfera municipal ou remunerando pessoas sem vínculo direto com a administração.

Entre os levados para depor estão o ex-prefeito Reni Pereira e cinco médicos que teriam recebido os pagamentos pelos plantões ficticios.

Veja o histórico da Operação Pecúlio

A operação investiga irregularidades da administração pública do município e da câmara municipal de Foz do Iguaçu. Somente em algumas obras de pavimentação de Foz do Iguaçu, submetidas a exame pericial pela PF, foram constatados prejuízos consumados na ordem de aproximadamente R$ 4,5 milhões. A péssima qualidade do material utilizado nas obras reduzia consideravelmente o tempo de vida útil destas.

1ª Fase – deflagrada em 19/04/16 (84 mandados):
Operação investiga grupo de pessoas que cometia irregularidades na prefeitura e na Câmara de Foz do Iguaçu-PR.
Foram alvos o ex-secretário de Tecnologia da Informação, o ex-secretário de Planejamento. O então prefeito de Foz foi levado para depor sob condução coercitiva.

2ª Fase – deflagrada em 03/05/2016 (sete mandados):
Novas informações levaram os policiais às portas da Secretaria de Obras. Duas pessoas foram presas preventivamente: o ex-titular da pasta, e o ex-diretor de pavimentação.

3ª Fase – deflagrada em 21/06/2016 (31 mandados):
– Objetivo: combater irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços na prefeitura de Foz do Iguaçu,
9 de prisão preventiva de diversos setores da Administração.

4ª Fase – deflagrada em 14/07/2016 (um mandado de prisão – Prefeito):
Nesta fase, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, decretou a prisão domiciliar e afastamento do cargo do prefeito da cidade. No final de outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão domiciliar do prefeito, mas manteve o impedimento político.

5ª Fase – deflagrada em 15/12/2016 (78 mandados):
– Foram presos 12 dos 15 vereadores da cidade;

6ª Fase – deflagrada em 16/12/2016 (67 mandados):
– Continuidade aos procedimentos do dia anterior – 5ª Fase.