O agricultor Agrevil do Carmo Santos, 50 anos, assassino confesso da jovem Janaína de Fátima de Matos, 21 anos, contou à polícia de Cerro Azul como premeditou o crime e porque cometeu a atrocidade de arrancar os seios da sobrinha. Janaína havia ficado noiva recentemente e foi morta a golpes de faca. Depois de degolar a sobrinha na lavanderia de casa, o agricultou arrancou os seios da vítima e levou consigo.

Agrevil disse que “gostava da companhia” da sobrinha, e que teria ficado triste com a notícia de que ela se mudaria com o noivo para outra cidade. “Fiz porque gostava muito dela. Não queria que ela fosse embora. Não sei porque eu fiz isso. Me deu um apagão, estou arrependido, acabei com a minha vida. Quero pedir perdão para a família dela, mas sei que eles nunca vão me perdoar”, disse o agricultor.

Janaína morava com os tios há quatro anos para trabalhar e estudar, os pais da jovem moram em Ribeirão do Veado, localidade que fica a 12 km de Cerro Azul.

De acordo com a Polícia Civil, o homem tinha um ciúme obsessivo da sobrinha e ficou inconformado com a notícia do casamento e da saída dela de sua casa.Friamente, o agricultor contou em detalhes como planejou o crime e a execução do plano. Ele teria esperado por um dia em que Janaína fosse almoçar em casa sozinha e tentou simular um latrocínio. Quando a moça foi até a lavanderia com algumas peças de roupa, ele a atacou pelas costas, dando o primeiro golpe no pescoço para matá-la. Agrevil disse que depois cortou a garganta de Janaína e usou a mesma faca para arrancar os dois seios para si. “Os seios dela eram bonitos”, comentou no depoimento.

Para reforçar a cena de um crime de latrocínio, o tio arrastou o corpo até o quintal de casa e deixou algumas notas de 50 reais próximas ao cadáver. Além disso, levou consigo o celular de Janaína e R$ 200 que ela tinha na bolsa. Depois, disse que limpou todo o sangue na lavanderia com o auxílio de um balde e uma garrafa pet. Agrevil afirmou ter ido até o rio para jogar os seios e o celular da garota. Ele mesmo chamou a polícia, dizendo que havia encontrado a sobrinha morta ao chegar em casa.

O agricultor ainda se ofereceu para ajudar a remover o corpo da garota e acompanhou todo o trabalho de perícia da polícia e do Instituto Médico Legal (IML) no local. “No velório ele serviu café para as pessoas, chorou com o noivo e chegou a pedir para os policiais que prendessem o assassino”, contou o investigador Rodrigo Augusto, da Polícia Civil.

Na manhã de sábado (13) a polícia levou o homem até o local onde ele diz ter jogado o celular e os seios da jovem, mas nada foi encontrado. Agrevil foi transferido neste domingo ao Centro de Triagem (CT) da Penitenciária Estadual de Piraquara.

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