Mais de 60 cães são apreendidos em rede de pet shops suspeita de maus-tratos

Publicado em 13 ago 2019, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 15h41.

Mais de 60 cachorros foram apreendidos pela Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (13), durante uma operação que apura a suspeita de que uma rede de pet shops vinha praticando maus-tratos aos animais na Grande Curitiba

A empresa atua na venda de filhotes de cães de raça, tem canil e clínica veterinária. A operação foi realizada em Curitiba e em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. 

O três proprietários foram encaminhados à delegacia, atuados por maus-tratos e liberados na sequência.

Polícia investiga rede de pet shops na Grande Curitiba

Conforme o delegado Matheus Laiola, a investigação começou há três meses após ex-funcionários da rede de pet shops denunciarem a situação. “A gente tem a oitiva de diversos funcionários e também de eventuais vítimas dizendo que como funcionava uma clínica 24h, esses animais passaram um grande tempo sem a devida alimentação e hidratação. Nós estamos colhendo informações para ver se se confirma”, explicou.  

A rede de pet shop suspeita de maus-tratos está sob investigação há três meses. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Agora, todos foram encaminhados para uma instituição e após um procedimentos de triagem deverão ser colocados para doação.

Pedigree falso na Grande Curitiba

Também conforme Laiola, os animais vendidos pela rede de pet shops investigada possuíam pedigrees falsos, pois foram constatadas irregularidades por parte da emissão do documento na empresa responsável. O local também foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta terça-feira. 

“Pelo o que nós apuramos até o momento, essa empresa não seguia as normas previstas para a expedição do pedigree. Porque para você emitir pedigree você tem que ter contato com o animal e verificar se realmente ele tem as características da raça, analisar a ninhada, o pai e a mãe desses animais para ver se realmente procede essa pureza. Pelo o que nós levantamos até o momento, não havia esse controle, muitos pedigrees eram emitidos e eram encaminhados sem o contato com o animal, ou seja, a pessoa conseguia isso por um mero contato telefônico”, disse o delegado.  

O delegado explicou que ainda não possível afirmar se os proprietários da rede de pet shops estavam cientes da situação irregular dos pedigrees, mas que isso configura crime contra a relação de consumo e tudo será apurado.