São Paulo, 3 – Impulsionado pela pecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio de Minas Gerais cresceu 1,53% no primeiro semestre do ano, em comparação com igual período de 2018. O indicador é calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, que divulgou nesta quinta-feira, 3, a informação, em nota.
Apenas a pecuária (bovina, de aves e suína) acumulou ganhos de 4,87% no período. Já o setor agrícola, conforme o Cepea, recuou 0,9% no primeiro semestre, “pressionado pelos resultados de dentro da porteira”. O segmento de insumos, por sua vez, se destacou em crescimento no primeiro semestre, com resultados positivos nos dois ramos (agrícola, com 10,34% de avanço) e pecuário, com 3,16% de alta.
O segmento primário teve alta de 2,81% no Estado mineiro, devido ao crescimento verificado para a pecuária. As atividades que tiveram destaque positivo pelo seu crescimento de faturamento foram a avicultura e a suinocultura, informa o centro de estudos.
“E esse desempenho, por sua vez, é reflexo principalmente da peste suína africana, que assola principalmente a China e também outros países asiáticos e que, desde então, têm mantido aquecida a demanda internacional pela carne brasileira e impulsionado os preços domésticos”, continua o Cepea.
O leite também apresentou resultados positivos em decorrência do aumento do preço – reflexo da redução da oferta e da maior disputa pela matéria-prima junto à indústria de derivados.
Já o segmento primário agrícola recuou 2,62%, pressionado pela menor produção esperada. Neste caso, o café, principal cultura do Estado mineiro em termos de participação no valor bruto da produção agrícola, apresentou redução tanto em volume (-16,8%) quanto em preço (-15,6%), culminando em queda de 29,7% no faturamento. Além disso, as culturas de milho, soja e cana-de-açúcar, de alta relevância no segmento para o estado, também registraram queda de faturamento.