De acordo com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e o Cepea, o PIB, Produto Interno Bruto, do agronegócio fechou o primeiro semestre de 2014 com alta de 1,90% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi puxado principalmente pelo desempenho do setor primário, que teve expansão de 4,0% nos primeiros seis meses do ano.
O segmento primário, que representa a atividade “dentro da porteira”, foi o que teve maior alta na cadeia produtiva do agronegócio no acumulado de janeiro a junho. (CNA)
Soja
Com expectativa de recorde na produção, sojicultores das principais regiões produtoras do País iniciaram essa semana o cultivo da safra 2014/2015 e, mesmo com a pressão nos preços vinda da colheita nos EUA, devem sustentar o aumento nas áreas de plantio.
Para o setor, a soja ainda é a melhor opção em relação a outros grãos como o feijão e o milho. Analistas e representantes do setor julgam preocupante a questão dos preços, que este ano chegou em US$ 15/US$ 16 o bushel e hoje está em US$ 10,5 o bushel, uma grande queda.
Analistas estimam que para a próxima safra o preço interno comece em um patamar de R$ 55 para o preço futuro, que está hoje em torno de R$ 40 ou R$ 45. Não deve ser mais do que isso no decorrer do ano.
Insetos
Com a utilização cada mais frequente da tecnologia Bt para o controle de insetos nas lavouras de milho, algodão e, mais recentemente, na cultura da soja, o Ministério da Agricultura está prestes a regulamentar uma Instrução Normativa que define a obrigatoriedade de áreas de refúgio nas lavouras do País. O ministério discute o assunto junto com entidades de pesquisa e empresas detentoras da tecnologia.
A FAEP, Federação da Agricultura do Paraná, através de ofício enviado ao Ministério da Agricultura, solicitou estudos e regras mais claras na regulamentação da Instrução Normativa.
De acordo com o documento, a entidade é favorável às ações que garantam a eficácia da tecnologia, sanidade e produtividade das lavouras, mas não vê clareza em relação às penalidades específicas para as empresas detentoras das cultivares quando não ocorrer a eficiência da tecnologia, mesmo com a instalação da área de refúgio.
Outro ponto que a Faep não concorda é que apenas as empresas detentoras da biotecnologia é que determinem qual será a área de refúgio para cada caso. (Folha Web)
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