Foto: Marcos Corrêa PR

A presença de Michel Temer ainda não foi confirmada. A justificativa oficial é a agenda de eventos do presidente

Segundo auxiliares do presidente, Temer tem agenda de eventos nesta sexta e não teria como ir ao sepultamento. A decisão, entretanto, não está fechada. Apesar de se tratar de uma sessão solene e religiosa, fontes do planalto reconhecem que o ambiente de “esquerda” pode gerar algum tipo de desconforto para o presidente.

O presidente decretou luto oficial de três dias pela morte de D. Evaristo Arns. Na quarta-feira, em nota, Temer lamentou a morte do cardeal e destacou que ele “foi um defensor da liberdade e sempre teve como norte a construção de uma sociedade justa e igualitária”. “O Brasil perde um defensor da democracia e ganha para sempre mais um personagem que deixa lições para serem lembradas eternamente”, escreveu o presidente.

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No episódio do velório coletivo das vítimas do acidente aéreo que matou a delegação da Chapecoense, no último dia 29, o presidente foi bastante criticado pela decisão de apenas receber os corpos no aeroporto e entregar medalhas. Havia na ocasião receios a vaias e manifestações contrárias a ele.

Diante do desgaste, no dia do velório coletivo, Temer decidiu então ir à Arena Condá, onde seria realizada a cerimônia, e disse que não havia confirmado a presença antes “porque se eu tivesse confirmado, os seguranças teriam que revistar todos os presentes no estádio”.

Um dos eventos previstos para esta sexta é justamente uma cerimônia para condecorar autoridades colombianas que trabalharam no resgate e auxílio aos brasileiros vítimas do acidente aéreo.