Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Governo passou a classificar Temer como “chefe do golpe” e a ordem no Palácio do Planalto é mostrar a ligação entre o vice-presidente e Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O Diretório Nacional do PMDB oficializa nesta terça-feira (29)
seu rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão,
segundo o partido, será tomada por aclamação – sem necessidade de votação –
após acordo entre o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os sete ministros do partido deverão
deixar seus cargos até 12 de abril.

Henrique Alves (PMDB-RN) já se antecipou e deixou o
Ministério do Turismo. O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (29)
traz a exoneração do cargo, a pedido dele, que anunciou sua saída do posto na
noite de segunda-feira (28).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem atuado
como articulador informal do governo, tentou adiar a decisão do PMDB. No último
domingo (27), ele se encontrou com Michel Temer, que disse não ser possível conter
o rompimento e deixou claro que o partido vai trabalhar pelo impeachment.
Diante disso, o governo decidiu classificar Temer como “chefe do
golpe”. A ordem no Palácio do Planalto é mostrar a ligação entre o
vice-presidente e o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A reunião do Diretório Nacional do PMDB para decidir sobre o
desembarque está marcada para as 15 horas, em Brasília.