Polícia Federal inicia operação para combater contrabando de cigarros

Publicado em 11 jun 2019, às 00h00.

Na manhã desta terça-feira (11), a Polícia Federal (PF) deu início a uma operação para combater contrabando de cigarros. Batizada de Contorno Norte, o trabalho visa prender os líderes de uma organização criminosa especializada no assunto.

Polícia Federal inicia operação para combater contrabando de cigarros em cinco cidades

Hoje, aproximadamente 80 policiais federais vão cumprir 20 mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão nos municípios de Nova Esperança, Guaíra, Umuarama, Alto Paraíso e um em Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.

Além disso, já foram realizados o bloqueio de contas bancárias, bens imóveis e a apreensão de veículos que possuem alguma relação com os investigados.

Início das investigações

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início depois de uma carreta carregada com cigarros contrabandeados bater contra um automóvel em que estava um casal e uma criança em maio de 2016, no Contorno Norte de Maringá, no noroeste do estado.

No acidente, a mulher veio a óbito.

Organização criminosa

Segundo o que aponta as investigações, que já dura três anos, uma organização criminosa era responsável pelo transporte de cargas contrabandeadas.

Além disso, a polícia descobriu que os cigarros entravam em território nacional a partir de Salto Del Guaíra, no Paraguai. Para isso, era utilizado uma rede de funcionários olheiros, barqueiros, carregadores e motoristas.

204 indivíduos presos

Até o momento, 204 integrantes da organização criminosa já foram presos pela PF.

Além disso, foram apreendidos 130 flagrantes de contrabando, e 156 caminhões e 60 veículos usados nos crimes, sendo muitos de origem de furto, roubo e clonagem de placas.

Por fim, foram apreendidos também 105 mil caixas de cigarros, o equivalente a 52 milhões de maços avaliados em R$ 250 milhões.

Crimes

Segundo a Polícia Federal, os indivíduos presos vão responder por crimes como  organização criminosa, contrabando, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, falsidade ideológica e corrupção ativa, além de claro, pelo homicídio culposo, lesão corporal culposa, abandono do local do acidente e favorecimento pessoal realizados no acidente que matou uma mulher em maio de 2016.