As delegacias da Polícia Civil de todo o Paraná devem paralisar suas atividades ao longo desta sexta-feira (6) como forma de protesto pelo assassinato do investigador e superintendente da Delegacia de Campo Largo, Marco Antônio Gogola, ocorrida na manhã da última quinta (5), durante uma ação realizada por criminosos para resgatar o detendo Dionatan Mendes de Quadros. A ação também feriu o carcerário conhecido como “Chiquito”, que continua internado em estado grave.
Logo depois do crime, uma megaoperação mobilizou mais de 60 policiais na busca pelos crimonosos, que foram presos horas depois em uma residência de Campo Largo. Pedro Thiago Kochinski Ferreira, de 20 anos, suspeito de ser o autor do tiro que matou o investigador, foi baleado e morto na troca de tiros com os policias. Dionatan Quadros foi gravemente ferido e está internado, sem risco de morte. Outras três pessoas foram detidas por participação no crime, incluindo os pais de Quadros, apontados como os responsáveis por planejar o resgate.
O protesto começou à meia-noite de quinta e, segundo nota do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), estão interrompidos os trabalhos administrativos, de investigação e visitas aos presos. “Protestamos pela morte do nobre policial Gogola, contra o inferno carcerário nas delegacias de polícia e contra a omissão da Seju (Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos), que mantém essa situação degradante, colocando em risco, diariamente, a vida dos policiais e infringindo os direitos humanos dos presos, que deveriam ser absorvidos pelo sistema prisional”, disse André Gutierrez, presidente do Sinclapol.
Durante o ato, os policias devem seguir até a sede da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) para reivindicar contra a superlotação nas delegacias e presídios paranaenses.
Velório
A cerimônia de velório e enterro do investigador Gogola foi marcada por muita tristeza e indignação por parte dos colegas. Um cortejo acompanhou o corpo do agente até o Cemitério Municipal do Água Verde, onde ocorreu o funeral.
Secretaria de Justiça
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da secretaria afirmou que irá divulgar uma nota sobre o caso nas próximas horas.