Policiais Militares acusados de envolvimento em chacina no Sítio Cercado se entregam

Dois policiais militares que atuavam no 13º Batalhão em Curitiba são suspeitos de envolvimento em uma chacina ocorrida na Vila Osternack, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, no dia 30 de junho, quando quatro pessoas da mesma família foram mortas. Entre as vítimas estavam dois adolescentes e uma mulher grávida de seis meses.  A única sobrevivente foi uma criança de seis anos, que foi poupada pelos criminosos.

Investigações da Polícia Civil apontam os soldados da Polícia Militar Alisson dos Santos Cszulik de 23 anos e Michel Diel, 31 anos, como suspeitos de envolvimento na chacina, baseada em imagens de uma câmera de segurança na região e no depoimento de testemunhas. Alceu Luiz Alves de Lima, conhecido como “Titião”, também teria participado das execuções.

Segundo o inquérito policial, que corre em segredo de justiça, os policiais tinham envolvimento com o tráfico de drogas na região e cobravam propina para que traficantes pudessem atuar livremente. A chacina teria sido motivada por um acerto de contas, pois uma das vítimas do crime, Jonathan Pereira Veloso, teria envolvimento com drogas.

O advogado da dupla, Cláudio Dalledone, afirma que as imagens apresentadas como prova estão em baixa qualidade e que no vídeo não é possível identificar os suspeitos, que estavam encapuzados. Ele garantiu que irá pedir uma perícia no vídeo e afirmou que seus clientes, que tiverem prisão decretada há uma semana, não se apresentaram antes porque estavam de férias. Os suspeitos se entregaram e já estão presos no Batalhão da Polícia Militar, onde deverão ser ouvidos nos próximos dias.

Procurada pela reportagem da RICTV Record, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que não comenta o assunto, pois o caso corre em segredo de Justiça.

Policiais Militares acusados de envolvimento na chacina negam acusações e se defendem. Confira a reportagem exclusiva do Balanço Geral Curitiba:

 

29 jul 2014, às 00h00.
Mostrar próximo post
Carregando