Os sete ministros do partido deverão deixar seus cargos até 12 de abril

Por aclamação, o Diretório  Nacional do PMDB decidiu na
tarde desta terça-feira (29) deixar a base aliada do governo da presidenta
Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR),
vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido,
Michel Temer, vice-presidente da República. O PMDB também decidiu que os
ministros do partido deverão deixar os cargos. Participaram da reunião mais de
100 membros do Diretório Nacional do PMDB. Os sete ministros do partido deverão deixar seus
cargos até 12 de abril.

Henrique Alves (PMDB-RN) já se
antecipou e deixou o Ministério do Turismo. O Diário Oficial da União
(DOU) desta terça-feira (29) traz a exoneração do cargo, a pedido dele, que
anunciou sua saída do posto na noite de segunda-feira (28).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que tem atuado como articulador informal do governo, tentou adiar a
decisão do PMDB. No último domingo (27), ele se encontrou com Michel Temer, que
disse não ser possível conter o rompimento e deixou claro que o partido vai
trabalhar pelo impeachment. Diante disso, o governo decidiu classificar Temer
como “chefe do golpe”. A ordem no Palácio do Planalto é mostrar a
ligação entre o vice-presidente e o presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ).