O prefeito de Mandaguari aumentou, sem autorização dos vereadores, o próprio salário e o dos secretários em quase 20%. E isso inclui a esposa dele que, além de primeira dama, é também secretária
*Com informações do repórter Fábio Guillen, da RICTV Maringá
A população de Mandaguari, no noroeste do Paraná, está revoltada com a conduta do prefeito Romualdo Batista (PDT), que aumentou o salário dele e dos secretários municipais em quase 20%. Ele fez isso por conta própria, sem autorização dos vereadores.
No início do ano, Batista mandou para a Câmara um projeto de lei que solicitando o aumento, mas todos os vereadores se posicionaram contra. Por isso, o projeto nem sequer passou pelas comissões ou passou pelo plenário para discussão.
O prefeito se embasou em uma lei de 2012, que autorizou o aumento de salário do prefeito e secretários municipais da época. O artigo 4 do documento prevê que o reajuste seja feito anualmente, de acordo com a porcentagem de aumento dos servidores públicos do município.
Nos últimos três anos os servidores tiveram um aumento de 19,11%. Por isso, o salário de Batista sobe de R$ 21.345 para R$ 25.268. Ou seja, quase R$ 4 mil.
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Os secretários também tiveram o mesmo percentual de aumento. E isso inclui a esposa do prefeito, que, além de primeira dama, é também secretária.
Os vereadores de Mandaguari, que são contra a medida, chegaram a se reunir mas estão de mãos atadas. A população também não gostou desses aumentos.
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O departamento jurídico da Prefeitura de Mandaguari se posicionou por meio de uma nota. Segundo a procuradoria jurídica, não houve aumento de salário do prefeito e nem dos secretários.
“O que foi reajustado é a inflação dos últimos três anos e isso não corresponde a aumento salarial”, diz o documento que a procuradoria enviou à RICTV| Record TV Maringá, que ainda alega que “tudo foi feito de acordo com a lei de 2012 que autoriza o município a corrigir a inflação nos salários”.
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