A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva demonstrou nesta sexta-feira (15) disposição de disputar a Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto na quarta-feira em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista. Candidata a vice na chapa do ex-governador pernambucano, ela recebeu em seu apartamento em São Paulo durante todo o dia de ontem dirigentes do PSB e aliados da Rede – partido que tentou criar sem sucesso no ano passado. Foram os primeiros encontros políticos realizados por Marina após a tragédia de três dias atrás.
A ex-ministra recebeu uma comitiva do PSB formada por Roberto Amaral, que assumiu a presidência nacional do partido após a morte de Campos, pelo coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, por outro integrante da coordenação, Milton Coelho, pela deputada Luiza Erundina, e pelo porta-voz da Rede, Walter Feldman. O grupo indagou Marina sobre a candidatura. Ela respondeu, de acordo com relato dos presentes, que não se oporia “aos processos do partido”.
No PSB, sigla à qual Marina aderiu em outubro do ano passado após não conseguir o registro da Rede -, a maioria dos dirigentes apoia a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente. A escolha está ligada ao capital político da neoaliada, que quatro anos atrás, quando disputou o Palácio do Planalto pelo PV, obteve 19,33% dos votos e ficou na terceira colocação. Campos ainda não havia atingido dois dígitos nas pesquisas.