Quatro ex-policiais são indiciados por acusações de violar direitos civis em caso George Floyd
Por Gabriella Borter e Jan Wolfe
(Reuters) – Quatro ex-policiais da cidade norte-americana de Mineápolis enfrentam acusações federais de violação de direitos civis por seu papel na prisão e assassinato de George Floyd, de acordo com documentos legais tornados públicos nesta sexta-feira que mostram a postura mais dura do Departamento de Justiça em tais casos.
Decisão judicial emitiu um indiciamento com três acusações que imputa a Derek Chauvin – o ex-policial branco condenado por um tribunal estadual do Minnesota por ter assassinado Floyd, um homem negro – e outros três ex-agentes terem violado os direitos constitucionais da vítima.
“Os réus viram George Floyd estirado no chão necessitando claramente de cuidados médicos, e deixaram de ajudar Floyd intencionalmente”, diz o indiciamento.
Os outros acusados são Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane.
Os advogados dos quatro homens não responderam de imediato a mensagens pedindo comentários sobre as acusações.
Thao, Kueng e Lane apareceram com seus advogados em uma corte federal de Mineápolis por vídeo nesta sexta-feira. Os três foram soltos com fianças de 25 mil dólares. Chauvin, que aguarda uma audiência de atribuição de pena para suas condenações estaduais, continua sob custódia.
As acusações são o sinal mais recente de que o Departamento de Justiça do governo do presidente democrata, Joe Biden, está adotando uma abordagem mais rigorosa contra abusos de policiais, um papel que defensores de direitos civis dizem que o departamento negligenciou durante a gestão do republicano Donald Trump.
(Por Gabriella Borter em Washington em Maria Caspani em Nova York; reportagem adicional de Jan Wolfe e Steve Holland)