Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo

Votação foi acirrada e Greca teve cerca de 60 mil votos a mais do que o seu adversário

O engenheiro e ex-ministro Rafael Greca (PMN) foi eleito prefeito de Curitiba, capital do Paraná, com 53,25%. Seu adversário, Ney Leprevost (PSD) ficou com 46,75%. A pesquisa Ibope divulgada no último sábado (29) mostrava os dois candidatos empatados tecnicamente.

No primeiro turno, Greca ficou com a primeira colocação na disputa com 38,38% dos votos válidos (356.539), contra 23,66% (219.727) de Ney Leprevost. Com a vitória, ele sucederá Gustavo Fruet (PDT), que ficou com a terceira colocação – 20,03% (186.067) dos votos válido – no primeiro turno e não conseguiu se reeleger.

Greca fez sua campanha sob apoio do governador do Estado, Beto Richa (PSDB). Ele chegou a ter quase 30 pontos de vantagem no primeiro turno, mas caiu após divulgação de uma declaração sobre ter vomitado por causa de “cheiro de pobre”. Ele também foi citado pelo Jornal Folha de São Paulo como suspeito de furtar peças de um museu municipal.

A campanha no segundo turno foi marcada por acusações de ambos os lados que envolviam as formações acadêmicas dos candidatos. O ex-prefeito explorou a falta de experiência do adversário em cargos do Executivo e sua graduação como administrador numa instituição descredenciada pelo Ministério da Educação à época que Leprevost se formou, em 2011.

Greca, por sua vez, sofreu ataques por se dizer “urbanista”. Formado em arquitetura, o candidato do PMN chegou a ser proibido de usar o termo pela Justiça Eleitoral no primeiro turno, mas conseguiu reverter a decisão posteriormente.

O engenheiro foi eleito prefeito de Curitiba pelo PDT em 1992, com o apoio do ex-prefeito Jaime Lerner, e governou a cidade de 1993 a 1996. Ele também exerceu mandatos como deputado estadual e federal, além de ter sido ministro do Turismo no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2012 ele também disputou a eleição para a Prefeitura de Curitiba e terminou em quarto lugar, com 10,45% dos votos válidos.

Em 2015, Greca anunciou sua filiação ao Partido da Mobilização Nacional (PMN), que nessas eleições integra a coligação “Curitiba Inovação e Amor” – PMN, PSDB, PSB, DEM, PTN, PSDC E PTdoB (PMN / PSDB / PSB / DEM / PTN / PSDC / PT do B).