Rebelião na Penitenciária de Cascavel completa 24 horas sem previsão de fim

Dois agentes penitenciários continuam reféns (Foto: Reprodução/RICTV Cascavel)

Equipes do Setor de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Militar (PM) continuam no local tentando necogiar o fim da rebelião

A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) já completou 24 horas e não há previsão de fim. A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) se manifestou em nota à imprensa dizendo que não vai mais se procunciar sobre a rebelião para não atrapalhar as negociações com os presos. Dois agentes penitenciários continuam reféns dos amotinados.

O diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), Luiz Cartaxo, confirmou nesta sexta-feira (10) que mais um preso foi morto na rebelião. Já são duas mortes confirmadas. Um detento foi decapitado ainda na tarde de quinta-feira (9). Há rumores de que haja mais mortos dentro do presídio, mas a Depen não confirma a informação.

Os presos amotinados levaram os dois agentes reféns até o telhado da penitenciária nesta manhã para mostrar que eles estão bem. Um terceiro agente que estava em poder dos detentos foi resgatado na noite de quinta-feira com ferimentos graves no rosto e no corpo, mas está fora de perigo.

Pelo menos seis presos já ficaram feridos durante a rebelião. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), eles foram encaminhados para Unidades de Pronto Atendimento de Cascavel.

Equipes do Setor de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Militar (PM) continuam no local tentando negociar o fim da rebelião.

Conforme o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, a rebelião teria começado no solário do presídio, durante o banho de sol, quando um grupo de detentos escalou a parede e acessou o telhado.

Presos transferidos 

De acordo com a Secretaria de Segurança Publica do Paraná (Sesp-PR), a PEC tem capacidade para abrigar 1.160 detentos e 980 homens eram custodiados no início da rebelião. Durante a madrugada desta sexta-feira (10) 200 presos foram transferidos, permanecendo na PEC 780 homens. De acordo com a Sesp, 150 detentos foram levado para Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) e outros 50 foram transferidos para Cadeia Pública da cidade, que fica junto à delegacia central.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), os presos reclamam da qualidade da alimentação e do tratamento dado aos visitantes. Eles também pedem a transferência de três agentes penitenciários.

Nota da Sesp-PR

“A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná informa que seguem as negociações, realizada pela unidade específica da Polícia Militar, com os presos amotinados na Penitenciária Estadual de Cascavel. A situação está administrada e a direção do Depen está no local. Os dois agentes penitenciários que estão como reféns estão bem. A Sesp informa ainda que dois presos foram mortos pelos amotinados. A identificação de ambos será confirmada após encerramento do motim. A Sesp e o Depen não vão se pronunciar até o fim do motim afim de preservar a negociação.”

 

 

10 nov 2017, às 00h00.
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