Segundo pesquisa, 10,7% das famílias maringaenses estão com dívidas e, destas, quase metade estão com as contas atrasadas há mais de três meses. A maior causa do aperto financeiro foram imprevistos, ou seja, gastos incompatíveis com a renda.

O levantamento foi feito em junho pelo Departamento de Pesquisa e Estatística (Depea) da Associação Comercial de Maringá (Acim) com 600 famílias da cidade.

De acordo com a pesquisa, a quantidade de famílias com contas atrasadas há mais de três meses subiu de 3% em fevereiro para 5% em junho. Além de gastos maiores do que a renda permite – situação de 73% dos endividados –, os maringaenses também desequilibraram as finanças devido a compras descontroladas (15%), perda do emprego (13%) e renda diminuída (12%).

Conforme o Depea, cada família ganha, em média, R$ 3.480 por mês e deve R$ 590 em prestações. Para o economista responsável pelo levantamento, Joílson Dias, as compras parceladas são um problema. “Passado o período inicial da satisfação com as compras antecipadas, vem a percepção de que o endividamento é a longo prazo e demandará mudanças no comportamento para honrar os compromissos. Isso gera frustração”, explica.