Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No pedido, o procurador-geral da República pede ainda a perda das funções públicas do parlamentar

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em um dos inquéritos contra o peemedebista abertos no âmbito da Operação Lava Jato. Renan é acusado pela Procuradoria de cometer os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Segundo a investigação, Renan teria recebido R$ 800 mil em propina por meio de doações da empreiteira Serveng. O deputado Aníbal Gomes foi denunciado junto com Renan Calheiros. No pedido o PGR solicita ainda a perda das funções públicas dos parlamentares.

Em troca dos valores, os parlamentares teriam oferecido apoio político ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que mantinha a empreiteira em licitações da estatal.

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Foram identificadas duas doações oficiais ao PMDB, nos valores de R$ 500 mil e R$ 300 mil em 2010, operacionalizadas por um diretor comercial da Serveng, também denunciado.

Renan já é réu perante o STF em uma ação penal e alvo de outros 10 inquéritos, além da denúncia oferecida nesta segunda-feira (12).

O senador declarou que as “suas contas eleitorais já foram aprovadas” e “está tranquilo” para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. Em nota, a assessoria de Renan afirmou que o senador “jamais autorizou ou consentiu” que o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) “ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância”.