Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

“Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo”, disse Calheiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ignorou no final da tarde desta segunda-feira (09) a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PMDB-MA), de anular a votação do impeachment dos deputados do último dia 17 de abril. 

Em encontro na residência oficial do Senado na hora do almoço, o peemedebista sinalizou a pessoas próximas que não levaria em conta a manifestação do presidente da Câmara que ordenou uma nova votação pelos deputados.

Renan Calheiros disse que não procede a argumentação de Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido comunicada ao Senado. “Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto”, disse o presidente do Senado. 

Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).