Três cidades da RMC já aceitaram lockdown; decisão da Assomec sai nesta segunda-feira (15)

Publicado em 15 mar 2021, às 09h42.

A cidade de Curitiba está em bandeira vermelha desde o último sábado (13). Após anúncio do prefeito Rafael Greca, na noite de sexta-feira (12), somente serviços essenciais e com restrição de horários podem funcionar na capital. A medida foi tomada por causa da crise no sistema de saúde e dos altos números da covid na capital. Entretanto, autoridades de Curitiba pedem também o lockdown na região metropolitana.

Já na manhã de sábado (14), a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) realizou uma reunião para definir se as cidades seguem ou não as medidas da bandeira vermelha da capital. Entretanto, uma decisão não foi anunciada e um novo encontro será realizado nesta segunda-feira (15) para definir as determinações.

Apesar da Assomec ainda não ter tomado uma decisão, algumas prefeituras da região metropolitana já se posicionaram. Pinhais, Campo Largo e Campo Magro devem publicar ainda nesta manhã novos decretos determinando lockdown, seguindo as medidas da capital.

“A gestão municipal de Pinhais entendendo a gravidade nacional com a pandemia da Covid-19, com a falta de leitos e sendo solidário com todos os municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), publicará na próxima segunda-feira (15) pela manhã, e com validade imediata após a sua publicação, um novo Decreto de combate à Covid-19, o qual seguirá as novas recomendações do Governo do Estado para a Região para a RMC”,

publicou a prefeitura de Pinhais.

Curitiba pede lockdown na RMC

Na manhã de sábado (13), a secretaria municipal de saúde de Curitiba realizou uma coletiva sobre as medidas adotadas sobre o lockdown na capital. De acordo com a superintendente de Gestão, Flávia Quadros, e da superintendente executiva, Beatriz Battistella Nadas, é preciso reduzir a circulação de pessoas.

Como muitas cidades da RMC utilizam o sistema de saúde da capital, o pedido é para que as cidades vizinhas também adotem medidas restritivas mais severas. 

O médico Flaviano Ventorim, presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná, que também participou da coletiva, disse que o número de pacientes ativos da covid-19 precisa ser reduzido.

“Estamos próximos de 15 mil pacientes ativos em Curitiba, o sistema sobrecarrega, a gente não consegue abrir vaga neste volume. Temos que conseguir girar leito, dar alta para os pacientes e barrar a transmissão”, contou.

Somente na RMC e Curitiba, 417 pessoas aguardam por um leito de hospital. Destes, 137 precisam de um lugar na UTI. 

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