Em velório, estudantes relatam que pretendem mudar de escola: Se aconteceu uma vez, pode acontecer outra. É por falta de segurança
O massacre ocorrido na escola estadual Professor Raul Brasil, na quarta-feira (13), em Suzano, deixou marcas que dificilmente serão esquecidas para os alunos sobreviventes. Alguns deles, inclusive, cogitam deixar o colégio após a tragédia.
Falta de segurança
O aluno Rosnei Marcelo, de 15 anos, afirma que já decidiu sobre a mudança. “Se aconteceu uma vez, pode acontecer outra. É por falta de segurança mesmo. Se tivesse um policial ali, isso podia ser evitado”, afirma Rosnei, que presenciou o crime e perdeu amigos. “É difícil entrar na escola onde você viu seus amigos mortos”.
A segurança, no entanto, não é a única razão que os faz pensar em deixar o colégio. Sentindo um mal-estar, Luis Gustavo, 15 anos, faltou à escola no dia do massacre, mas acredita que as marcas ficarão. “Quero sair porque amigos meus morreram lá. Acho que, toda vez que entrar lá, vou me sentir mal”, comenta ele.
Assim como Luis, Lucas Vinicios, da mesma idade de seus colegas, diz que não é possível se esquecer do que aconteceu. “Sempre vou me lembrar dos amigos que perdi. Ficou uma marca disso”.
O massacre
Oito pessoas morreram na escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a 50 km de São Paulo, após dois ex-alunos invadirem o estabelecimento de ensino e dispararem na direção de estudantes e funcionários na manhã desta quarta-feira (13).
Lista de vítimas
Na tarde desta quarta-feira (13), uma coletiva de imprensa conduzida pela Polícia Civil (PC), divulgou o nome das dez vítimas do massacre, que incluem também os dois responsáveis pelo massacre.
Vídeo mostra pânico
No local, um vídeo gravado por uma testemunha mostra momento de pânico após o massacre.Nas imagens, alguns corpos são registrados, além de gritos e desespero por parte dos adolescentes.
Aluna precisou se esconder no banheiro
Em entrevista, uma aluna contou sobre momentos de terror no local. “A gente se escondeu dentro do banheiro quando começou o tiroteio”, contou ela. Segundo a adolescente, ela estava no refeitório da escola quando os suspeitos começaram a atirar.