Caso Rachel Genofre: audiências com 14 testemunhas e réu confesso começam nesta quinta-feira (18)
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) começou nesta quinta-feira (18) as audiências do caso Rachel Genofre. A menina, de apenas nove anos, foi encontrada morta dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba em novembro de 2008.
Onze anos depois do crime, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) divulgou que o homem que matou, esquartejou e deixou o corpo da menina dentro de uma mala foi identificado e estava preso em São Paulo desde 2016.
Agora, o caso Rachel Genofre entra em uma nova etapa. A partir das 14h desta quinta-feira (18), 15 pessoas serão ouvidas em audiências realizadas de maneira on-line, por conta da pandemia de coronavírus. Deverão ser ouvidas:
- 9 testemunhas de acusação
- 5 testemunhas de defesa
- O acusado e réu confesso pelo crime, Carlos Eduardo dos Santos
Homem confessa crime 11 anos após matar criança
O crime contra Rachel Genofre chocou o Paraná. A menina de 9 anos desapareceu no dia 03 de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.
O corpo foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a pequena foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia.
Após 11 anos de investigação, em setembro de 2019, a Sesp chegou a identificação do suspeito. Uma base de dados entre Paraná, São Paulo e Brasília, permitiu confirmar que Carlos Eduardo dos Santos foi o responsável pela morte de Rachel Genofre. O homem estava detido na Penitenciária 2 da Comarca de Sorocaba, em São Paulo, desde 2016 após ser detido pelos crimes de estelionato e adultério, além de ser acusado de estupro.
A ficha do homem de 54 anos é bastante extensa e de acordo com a Sesp, o primeiro crime cometido por ele foi em 1985, abuso sexual contra meninos. Depois do assassinato de Rachel Genofre, o homem praticou outros crimes.
Até ser preso, Carlos Eduardo dos Santos cometeu estelionatos:
- 2011: três estelionatos em Poá, Itaquaquecetuba e Criciúma;
- 2012: dois estelionatos em Iaras e Santa Catarina;
- 2015: dois estelionatos em Suzano;
- 2016: quatro estelionatos em Suzano, Poá e Mogi das Cruzes;