Criança de 3 anos morre após dar entrada em UPA com hematomas e sinais de abuso sexual
Um menino, de apenas três anos, morreu após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cianorte com marcas de agressão e abuso sexual nesta quinta-feira (25). O padrasto, de 30 anos, que levou a criança até a unidade de saúde, foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. A mãe do menino também está na delegacia, dando depoimento.
A Polícia Militar foi acionada depois que a equipe médica da UPA percebeu claros sinais de agressão na criança, que tinha hematomas nos pés, na barriga e no tórax, além de laceração no ânus, que confirma que o menino foi violentado sexualmente. Ele chegou ao local em parada cardiorrespiratória e a equipe da UPA tentou reanimar o paciente por cerca de 30 minutos, mas não teve sucesso.
Além disso, conforme o secretário de Defesa Social do município, Elias Ariel de Souza, os profissionais de saúde observaram que alguns dos hematomas tinham tons esverdeados, o que indica que a violência já vinha acontecendo anteriormente, em outras ocasiões. O corpo do menino foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), que deve apurar todas as lesões.
“O fato realmente é absolutamente lamentável, monstruoso, mas fica um alerta, a gente aproveita essa oportunidade que vocês nós dão para fazer esse alerta para toda a população: o abusador é sempre uma pessoa muito próxima, a criança não consegue reagir, é o inocente, a parte mais fraca nesse processo”.
Descreveu o secretário.
A Polícia Civil também foi acionada e investiga quem seria o responsável por agredir e abusar sexualmente do menino. De acordo com Souza, a mãe da criança saia para trabalhar por volta das 4h30 da madrugada e o menino ficava com o padrasto durante o período. Depois, a vó também cuidava do garoto, a partir das 7h.
A mãe e o padrasto do menino moravam na cidade há cerca de um ano. Diante do crime, o secretário de Defesa Social ainda fez um apelo para que a população denuncie casos de violência contra crianças e adolescentes.
“É importante que todos, todas as pessoas que tenham algum conhecimento, alguma notícia, que observam algum sinal na escola, no círculo de amigos, os próprios vizinhos, que uma criança submetida a uma violência desse tamanho chora, tem reações, então é preciso que as pessoas busquem essas informações, estejam atentas aos movimentos e informem as autoridades competentes.”
Atualização
A equipe do Balanço Geral Maringá, da RIC Record TV, conversou com a mãe da criança ainda nesta manhã. Desolada, a mulher disse que, quando saiu pela manhã, a criança não tinha nenhuma marca de agressão. Ela ainda contou que nunca havia percebido nenhuma atitude estranha do companheiro, mas que o filho dizia ter muito medo do homem e que não queria que ele o colocasse de castigo.
Além disso, o que chama a atenção da Polícia Civil, foi o fato do padrasto ter dado banho na criança antes de levá-la até a UPA para receber atendimento médico. Ele chegou na unidade por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (25), relatando que o menino tinha passado mal.
A criança foi identificada como Cristofer Matos, de três anos.