PF cumpre 92 mandados contra organização que utilizava ônibus e vans de turismo para tráfico de drogas e armas

por Guilherme Becker
com informações da PF
Publicado em 12 ago 2021, às 08h22.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) a Operação Expresso 80. A investigação mira uma organização criminosa que utilizava ônibus e vans de turismo para praticar tráfico internacional de armas e drogas. De acordo com a polícia, a quadrilha escondia os produtos em fundos falsos de veículos de passageiros.

As investigações se iniciaram em 4 de maio de 2020, quando foi apreendido, na cidade de Ponta Grossa, um ônibus carregado com 1,7 tonelada de maconha e dois fuzis calibre .556. Após a apreensão, a Polícia Federal em Ponta Grossa no Paraná procedeu com as investigações por mais de 15 meses, período em que foram apreendidas novas cargas de drogas, diversas armas de fogo oriundas do Paraguai, além de veículos e outros bens.

(Foto: Divulgação/ PF)

Operação Expresso 80

Na manhã desta quinta-feira 175 policiais federais cumprem 92 ordens judiciais em cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, 32 mandados de busca e apreensão, 29 de sequestro de bens e bloqueio de valores, além de sete mandados de suspensão de atividade comercial e lacração de estabelecimento, todos expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Ponta Grossa (PR).

Os mandados estão sendo cumpridos nas seguintes cidades:

  • Medianeira (PR)
  • Maringá (PR)
  • Erechim (RS)
  • Juiz de Fora (MG)
  • Diadema (SP)
  • São Paulo (SP)
  • Balneário Camboriú (SC)
  • Joaçaba (SC)
  • Curitiba (PR)
  • Foz do Iguaçu (PR)

De acordo com a apuração realizada pela PF, os investigados se utilizavam de empresas de locação de veículos e de transporte rodoviário de passageiros para a movimentação das drogas e armas para vários destinos no Brasil. Os materiais eram armazenados em fundos falsos de ônibus e vans de turismo das empresas que pertenciam ao líder da organização investigada. 

O nome da operação remete aos fuzis apreendidos, que eram montados com 80% das peças compradas sem registro com o propósito de dificultar o seu rastreamento.