“Fui cortando devagarzinho, queria o bebê”, diz mulher que matou amiga grávida
Rozalba Maria Grime, de 26 anos, assassina confessa da grávida que foi morta e teve seu bebê roubado em Canelinha, Santa Catarina, contou à polícia sobre como atraiu e tirou a vida da vítima no dia do crime.
Parte do vídeo do depoimento, prestado no dia 28 de agosto, foi obtido pelo jornal catarinense ND+ e mostra uma mulher que conta calmamente como matou a amiga grávida, cortou a barriga dela com um estilete e tirou a criança. Em nenhum momento Rozalba demonstra emoção ou arrependimento, pelo contrário, fala com frieza aos policiais.
“Bati com o tijolo na cabeça dela, na segunda tijolada ela perdeu a consciência. […] Eu cortei a barriga, fui cortando devagarzinho ali, queria o bebê. Não olhei se ela se debatia”, disse tranquilamente.
Indagada sobre quando começou a premeditar o crime, Rozalba explica que foi em janeiro deste ano, assim que perdeu o bebê que estava esperando. Conforme seu relato, ela não teve coragem de contar aos familiares sobre o aborto espontâneo e escolheu a vítima porque percebeu que tempo de gravidez das duas era quase o mesmo.
“Comecei a pensar [no crime], mas pensei que não iria ter coragem, pensei que iria chegar o mês [de nascimento] e eu teria coragem de contar que tinha perdida, mas não tive coragem”, declarou.
Assista ao trecho do depoimento:
Grávida é morta por amiga
A mulher, de 25 anos, estava no 36º semana de gestação e desapareceu no dia quinta-feira (27). Na sexta-feira (28), seu corpo foi encontrado com o ventre aberto e sem o bebê em uma fábrica de cerâmica desativada.
Ainda na sexta-feira, depois de compartilhar fotos da vítima que era considerada desaparecida e pedir ajuda para encontrá-la pelas redes sociais, Rosalba e seu marido Zulmar Schiestl, de 44 anos, foram presos. Ela nega que o homem tenha envolvimento com o crime, mas a Polícia Civil acredita que ele possa ter participação no crime.
De acordo com a polícia, ela confessou ter inventado um chá de bebê falso para conseguir levar a vítima até a fábrica. Lá, agrediu a mulher com golpes de tijolo e abriu o abdômen da jovem com um estilete. Na sequência, foi até uma rodovia nas proximidades e fingiu ter entrado em trabalho do parto, onde recebeu a ajuda de populares.
A suspeita então foi encaminhada para um hospital e apresentou a bebê como se fosse sua própria filha. No entanto, a equipe médica desconfiou da história porque não havia sinais de parto e a criança possuía um ferimento profundo nas costas. O qual, mais tarde foi descoberto, ter sido feito pelo estilete.
A motivação para o crime horrendo foi de que ela também estava grávida, mas perdeu o bebê em um aborto espontâneo e manteve situação em segredo para não frustrar os familiares. Durantes os meses que se passaram, ela teria fingido que continuava grávida com a intenção de roubar o bebê de outra mulher.
Exames constaram que a vítima teve o bebê retirado de sua barriga enquanto ainda estava viva. A causa da morte foi apontada como uma hemorragia causada pelo corte em sua barriga.
Segundo o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, que cuida do caso, pouco tempo antes do crime, a vítima havia reclamado para uma amiga próxima sobre o assédio que vinha sofrendo por parte de Rozalba. A testemunha contou que mesmo incomodada, por ser muito educada, a grávida não conseguiu cortar a relação que a suspeita vinha forçando.
O RIC Mais retirou todas as informações sobre a vítima e familiares, para assegurar o sigilo da identidade da criança, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Com informações do ND+