Suspeito de matar ex-mulher em Fernandes Pinheiro será julgado nesta sexta-feira (22)
O júri popular de Joel Felipe Cardoso, acusado de matar a ex-companheira por estrangulamento em dezembro de 2012, será realizado nesta sexta-feira (22). O caso que chocou a cidade de Fernandes Pinheiro, nos Campos Gerais do Paraná, aconteceu às vésperas do Natal.
Um laudo pericial, contratado pela família de Anna Silvia Cabral, apontou que a mulher de 34 anos foi morta por estrangulamento. O documento contraria a versão do réu, que declarou que a companheira foi encontrada enforcada em uma árvore no quintal de casa.
O júri popular já foi adiado em outras oportunidades. Há dois meses, o julgamento foi transferido devido a uma documentação médica apresentada pela defesa.
Para o júri de hoje, serão mantidos os mesmos jurados já sorteados, assim como as testemunhas intimadas. Segundo os advogados da família de Anna Silvia, a expectativa é que o julgamento determine a condenação de Joel.
“Após longa espera pela data de julgamento a família de Anna espera que a sessão enfim ocorra e que o acusado seja condenado nos termos da denúncia do Ministério Público, passando imediatamente a cumprir a pena pelo ato covarde e ardiloso praticado”,
comentou o advogado Samir Mattar Assad.
A equipe do RIC Mais tenta contato com a defesa de Joel.
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Relembre o caso
A morte de Anna Silvia Cabral chocou o estado do Paraná. Na véspera de Natal, no dia 24 de dezembro, a mulher de 34 anos foi encontrada morta. Segundo versão do réu, a vítima estava enforcada embaixo de uma árvore, no quintal da residência onde morava com o companheiro, Joel Cardoso.
A mulher estava com uma corda no pescoço e a princípio o caso foi tratado como suicídio. Joel afirmou que ela se enforcou na árvore, mas nenhuma das testemunhas viu Anna, de fato, pendurada.
“Tocou o celular, e eles (Anna e Joel) usavam juntos o mesmo aparelho, apareceu Anna, pensei ‘é minha filha ligando’. Mas era ele, (Joel) gritando no telefone, dizendo que ela tinha se enforcado, só falou isso e desligou”,
contou a mãe de Anna, Luiza Cabral, em 2016.
Poucos dias após a morte, os pais de Anna entraram em contato com Joel para saber detalhes sobre os bens da mulher. Para surpresa deles, o homem revelou que já havia passado todos os imóveis e outros bens para seu nome.
A partir deste momento, os familiares resolveram fazer uma investigação contratada sobre o caso. Os pais foram uns dos primeiros a desconfiarem que a morte poderia se tratar de um homicídio.
“No momento ficamos sem reação, pois fazia pouco tempo que ela tinha falecido e ele não teve preocupação nenhuma com a morte dela […] A vida que ela estava vivendo, jamais ela praticaria suicídio”,
declarou o pai de Anna em 2016.
Então em nova perícia, foi constatado que Anna Silvia foi estrangulada e não teria morrido enforcada, como Joel afirmava. Desde então, Joel passou a ser tratado como suspeito.
Além disso, vizinhos do casal revelaram que no dia da morte escutaram gritos e pedidos de socorro. O suspeito também foi apontado com histórico de agressões.