"Meu último suspiro foi criar forças para tirar ele de cima de mim", diz vítima de serial killer
Com exclusividade, o portal RIC Mais conversou com uma vítima do serial killer José Tiago Correia Soroka. O suspeito é acusado de matar pelos menos três homossexuais.
Um jovem gay, de 29 anos, que preferiu não se identificar, contou que conheceu José Tiago Correia Soroka na rua, há quatro anos, em frente a um supermercado no bairro Bigorrilho, em Curitiba.
No mesmo dia, a vítima levou José Tiago Correia Soroka para o apartamento. Foi então que o serial killer tentou sufocá-lo.
“Quase me matou dentro do apartamento onde eu morava. Trocamos um papo e eu levei ele para o apartamento. Chegamos lá, começamos a ‘trocar uns pegas’ [sic]. Logo em seguida, ele subiu em cima de mim, tentou me imobilizar com as pernas. Colocou a mão no meu pescoço e apertou. Foi ‘onde’ eu falei que não curtia brutalidade. Ele disse que era só te***. Tentou me enforcar com as mãos”,
relatou a vítima, ao RIC Mais.
O rapaz de 29 anos relatou que precisou “conseguir forças” para conseguir se livrar da situação.
“Ele começou a me apertar tão forte que meu último suspiro foi criar forças para tirar ele de cima do meu corpo. Consegui jogar ele de cima de mim. Esse maldito já tentou fazer algo comigo, sorte que me criei na favela. Se não, nem estaria aqui contando isso.”
Sobre o serial killer
O indivíduo, identificado como José Tiago Correia Soroka, é responsável pelas mortes de David Júnior Alves Levisio, ocorrida no dia 27 de abril e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, morto no dia 4 de maio, ambas na capital paranaense. Ele também é suspeito do latrocínio de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz (SC).
Ainda no dia 11 de maio, o homem tentou matar mais um homossexual, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens levados.
Investigações
De acordo com as investigações, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e, posteriormente, ia até a residência. Ao chegar no local, as estrangulava. Após o sufocamento, as cobria com cobertas.
Inicialmente, os casos foram tratados como homicídio, mas a polícia sustenta que houve latrocínio, já que eletrônicos foram levados das vítimas.
A Polícia Civil ainda procura o suspeito.