No primeiro bloco, falaram apenas cinco senadores, de um total de 68 previstos. (Foto: Senado Federal/Divulgação)

No primeiro bloco, falaram apenas cinco senadores, de um total de 68 previstos

A primeira parte da sessão do Senado que irá decidir sobre a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff durou duas horas e 30 minutos. A sessão foi aberta às 10h pelo presidente Renan Calheiros e interrompida às 12h30. No primeiro bloco, falaram apenas cinco senadores, de um total de 68 previstos. Renan ressaltou, no entanto, que, se a sessão se prolongar excessivamente, colocará em votação eventual requerimento para encerramento da fase de discussão.

Ao abrir a sessão, Renan Calheiros explicou os procedimentos e pediu aos senadores responsabilidade, serenidade e espírito público.

“Fazemos um rito para que a discussão e a decisão do Senado seja sóbria e rápida. É difícil garantir que seja uma decisão indolor, mas, ao menos, e tenho absoluta certeza e convicção, será uma decisão absolutamente republicana”, afirmou.

A primeira hora foi dominada por questões de ordem apresentadas por senadores da base do governo. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) solicitou a suspensão da sessão até que um mandado de segurança impetrado pela Advocacia-Geral da União (AGU) seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi negado posteriormente pelo ministro Teori Zavascki.

“O discurso do conjunto da obra, que nós ouvimos tanto durante esse processo de impeachment para afastar a presidenta, serve a uma farsa histórica. Nenhum outro Presidente será medido pela mesma régua com que a presidenta Dilma está sendo medida neste momento”, afirmou a senadora paranaense.

Discursos favoráveis ao impeachment

Os cinco primeiros senadores a se manifestarem na fase discussão – Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) – reiteraram posição favorável ao impeachment. Eles afirmaram que há provas suficientes para a responsabilização de Dilma Rousseff e rejeitaram a tese de “golpe”.

A sessão foi interrompida às 12h30 e retomada às 13h30.

*Com informações do Senado Federal

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