São Paulo, 27 – As medidas anunciadas pela China para restabelecer a produção de suínos no país e estabilizar os preços no mercado interno começam a surtir efeito. Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais apontam que, em agosto, os estoques de suínos vivos caíram 0,3% – índice considerado baixo pelo governo. No mesmo mês, a produção de rações para suínos cresceu 2,2% em relação ao mês anterior, chegando a 1,46 milhão de toneladas.

A expectativa do governo, que viu a oferta doméstica de carne cair drasticamente por causa da peste suína africana, é aumentar a oferta de animais em 2 milhões com a construção de novas fazendas para produção em larga escala. Além disso, o país concedeu subsídios e garantias aos produtores e estabeleceu uma cota mínima de produção.

Diante do cenário de escassez de carne suína, a produção interna de alternativas à proteína e a importação de carnes aumentou. Entre janeiro e agosto, o rebanho bovino de corte cresceu 4,2%, o volume de abates de frangos aumentou 13,2% e a produção de ovos foi 2,6% maior do que em igual período do ano anterior, conforme informou o governo. A estimativa é que a produção anual de carne bovina e de carneiro aumente mais de 300 mil toneladas em 2019.