A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) apresentou no mês de maio taxa de desemprego de 4,6% da População Economicamente Ativa (PEA). O resultado é ligeiramente superior ao do mês anterior (4,3%). A taxa média nacional (que não leva em conta o indicador de Curitiba) foi de 5,8% em maio, contra 6% em abril. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
A taxa de desemprego registrada em maio na RMC é a segunda menor entre as capitais onde a pesquisa é realizada, pouco atrás da Região Metropolitana de Porto Alegre (4,5%). É a primeira vez em 22 meses que a RMC não ocupa a primeira posição nesse ranking.
Segundo o diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, a taxa de desemprego na RMC “é em grande medida explicada pela elevada taxa de atividade, que atualmente alcança 60,5% da população em idade ativa, o que significa uma expressiva proporção de pessoas em condições de trabalho se colocando à disposição do mercado”. A taxa de atividade média para as seis outras regiões é de 57,6%.
O rendimento médio real do trabalho na RMC apresenta-se praticamente estável: R$ 1.857,30 em maio, um pouco menor que o valor estimado em abril (R$ 1.865,50). Apesar dessa oscilação, o rendimento de maio, na RMC, é o mais alto entre as áreas metropolitanas pesquisadas, e 17,6% acima da média nacional (R$ 1.725,60).
Nojima observa que os sinais de moderação do ritmo de atividade econômica no cenário nacional até agora não se refletem de forma significativa sobre o mercado de trabalho, favorecido pelo crédito e por medidas fiscais recentemente adotadas pelo governo federal – em especial, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“No Paraná, e particularmente na Região Metropolitana de Curitiba, o desempenho econômico tem se refletido na continuidade do aquecimento da demanda por trabalho por parte do setor produtivo, ainda que se identifiquem sinais de menor ritmo de contratações na indústria e no comércio”, afirma.