A taxa de desemprego no país ficou em 6,8% no terceiro trimestre deste ano, mostrando estabilidade em relação ao segundo trimestre de 2014 (6,8%) e ao terceiro trimestre do ano passado (6,9%). Os dados divulgados, hoje (09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), a pesquisa de emprego do IBGE que abrange todo o país a cada três meses, enquanto a Pequisa Mensal de Emprego (PME) investiga as seis principais regiões metropolitanas.
De acordo com a pesquisa, o nível de ocupação no período investigado foi 56,8%, também permanecendo estável na comparação com o segundo trimestre deste ano (56,9%) e com o terceiro trimestre de 2013 (57,1%).
Entre os meses de julho e setembro deste ano, a pesquisa apontou 6,7 milhões de desempregados no país, contra 6,8 milhões no segundo trimestre do ano, o que significou uma queda de 1,4% na população desocupada. A Região Nordeste foi a que apresentou a maior taxa de desemprego, de 8,6%, e a Região Sul, ficou com a menor taxa, 4,2%.
No período apurado, o desemprego de jovens entre 18 e 24 anos de idade foi 15,3%, bem acima da média total de 6,8%. De acordo com o IBGE, o comportamento foi verificado em todas as cinco regiões do país, com destaque para o Sul (10,2%) e o Nordeste (19,1%). Já entre as pessoas com idades entre 25 e 39 anos e de 40 a 59 anos, o desemprego foi 6,4% e 3,4%, respectivamente.
A Pnad Contínua do terceiro trimestre de 2014 confirmou que das 92,3 milhões de pessoas ocupadas (69,8%), o número de trabalhadores por conta própria (23,3%) é maior do que o de empregados (4,1%) e o de trabalhadores familiares auxiliares (2,8%). A maior concentração daqueles que trabalham por conta própria foi verificada nas regiões Norte (30,2%) e Nordeste (29,4%).
Entre os trabalhadores do setor privado, 78,1% tinham carteira de trabalho assinada, o que, segundo o IBGE, representou um avanço de 2,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2012. Também houve aumento do número de trabalhadores com carteira assinada em todas as regiões, na comparação com o terceiro trimestre de 2013. As maiores taxas ocorreram no Norte (65,6%) e no Nordeste (63,0%).
Em relação ao gênero, a Pnad Contínua aponta que o Norte apresentou a maior diferença na contratação de homens (71,0%) e mulheres (43,1%), no terceiro trimestre de 2014. A Região Sul ficou com a menor diferença, sendo 71,2% para homens e 51,8% para as mulheres.