De acordo com a Defesa Civil, as doações de roupas, alimentos, lonas e água mineral já podem ser realizadas; confira endereço!
O temporal que assolou a cidade de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite desta sexta-feira (30) atingiu diretamente 120 casas e deixou outras 300 residências destruídas. Dois adolescentes -que tentaram se esconder de uma rajada de vento atrás de um muro- morreram soterrados.
Vítimas da tempestade em Itaperuçu
Nem o hospital do município escapou do temporal (veja abaixo): o local ficou destelhado e um idoso, que estava internado, sofreu um infarto fulminante durante as rajadas de vento. Outros cinco pacientes -que não estavam em estado grave- foram encaminhados para suas casas.
Outro idoso teve um infarto fulminante dentro de sua residência, desesparo com a situação, e morreu. Já neste sábado (1º), um homem que estava arrumando o estrago caiu de cima do telhado e foi encaminhado para o hospital.
Os adolescentes, de 14 e 17 anos, que morreram soterrados jogavam bola quando a chuva e os ventos fortes começaram. Assustados, os dois tentaram se proteger atrás de um muro, mas a estrutura desabou e ambos morreram no local. No total, quatro pessoas morreram nesta sexta-feira em Itaperuçu.
Segundo dados da Defesa Civil, pelo menos três mil pessoas foram afetadas pelas chuvas. Com o estrago, 15 famílias precisaram ser realocadas para casa de parentes e uma foi acolhida pela Prefeitura.
Tornado em Itaperuçu
Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), foram registrados ventos a partir de 80 Km/h e ocorreu uma linha de instabilidade, onde uma série de tempestades ficam dispostas de forma alinhada. Dentro dessa linha “há possibilidades e há elementos para formar um tornado”, mas apesar dos relatos, até o momento, não foi possível confirmar se o fenômeno meteorológico ocorreu ou foram apenas ventos fortes que causaram a destruição. Ainda conforme o Simepar, imagens deverão ser analisadas para comprovar o que realmente ocorreu.
Moradores relatam que a situação durou aproximadamente dois minutos. Eliane Geremias, auxiliar administrativa, contou que era como uma nuvem que desceu e subiu.
Outra moradora contou que a família estava toda dentro de casa quando a residência desabou. “Eu dei graças que nós saímos todos junto”. Ainda conforme a mulher, a neta dela machucou o pé, mas quando chegaram nos hospital ela não conseguiu ser atendida. “A gente foi no hospital, no hospital estava tudo escuro. Só tinha um médico e como estava tudo escuro não tinha como fazer nada”, lembrou a mulher.
Doações para famílias atingindas
De acordo com a Defesa Civil, as doações podem ser deixadas no Cenáculo da Igreja Católica, na Rua Crispim Furquim Siqueira, s/nº. Itens como lona, telhas, água mineral, cestas básicas e cobertores são os mais necessários neste primeiro momento.