Foto: Reprodução/RICTV Curitiba

Manifestações contra as reformas propostas pelo Governo Federal aconteceram em diversas cidades do País

Milhares de trabalhadores de Curitiba e Região Metropolitana que aderiram ao Dia Nacional de Paralisação se reuniram na Praça Santos Andrade, no Centro da Capital, nesta quarta-feira (15). Depois da concentração, os manifestantes seguiram em caminhada para a Praça Nossa Senhora da Salete, onde fica a sede do governo estadual.

Os protestos são organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (App-Sindicato), o número de trabalhadores reunidos na Praça Santos Andrade chegou a 15 mil. Já a Polícia Militar (PM) informou que 4 mil manifestantes estavam na praça e 7 mil participaram da marcha até o Centro Cívico.

Manifestantes também bloquearam rodovias em protesto. Em Paranaguá, no Litoral do Estado, um grupo de manifestantes interditou a BR-277, na altura do km 6. Os trabalhadores caminhavam em direção ao Porto de Paranaguá e, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o protesto provocou engarrafamento de mais de cinco quilômetros.

Atos semelhantes estão acontecendo em várias cidades do Brasil. Trabalhadores de diversas categorias protestam contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB). Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife, além de Curitiba, o transporte coletivo está comprometido pela greve dos trabalhadores.

Confira o que parou em Curitiba

  • – Ônibus: circulam com frota mínima de 50% nesta quarta-feira;
  • – Coleta de lixo: não funciona nesta quarta-feira;
  • – Bancos: 35 agências bancárias e unidades administrativas fechadas, como a Caixa Econômica da Praça Carlos Gomes, o Bradesco do Palácio Avenida e o Banco do Brasil na Praça Tiradentes;
  • – Escolas estaduais e municipais: algumas estão fechadas, mas ainda não há um levantamento de quantas.
  • – Polícia Civil: o Instituto de Identificação do Paraná está fechado.

Em outras cidades do Paraná também ocorrem manifestações de trabalhadores

Em Cascavel, na região oeste, trabalhadores de 21 sindicatos da cidade e da região se reuniram em frente à catedral logo pela manhã. No ato público, representantes de sindicatos falaram sobre como a reforma atinge os trabalhadores de todo o país. Também foram entregues panfletos explicativos a pedestres e motoristas que passavam pelo local. Ainda na região oeste ocorreram mobilizações em Foz do Iguaçu e em Toledo.

Em Londrina, trabalhadores do transporte, da educação e da saúde se reuniram na Concha Acústica com faixas e cartazes com mensagens contra a reforma da previdência e contra o governo federal. Os ônibus do transporte coletivo voltaram a circular no meio da manhã. Como parte dos servidores municipais aderiu à greve geral, a prefeitura de Londrina emitiu uma nota dizendo que vai descontar do banco de horas de quem não apareceu para trabalhar.

Já em Maringá a mobilização contra a reforma da previdência parou os ônibus do transporte coletivo por cerca de quatro horas, e as escolas estaduais não abriram. Sindicalistas e manifestantes protestaram em frente ao INSS.