Trump x Kamala: milhões de eleitores dos EUA vão às urnas para eleger presidente

Mais de 80 milhões de norte-americanos já votaram antes de terça-feira, seja pelo correio ou pessoalmente

Publicado em 5 nov 2024, às 11h35. Atualizado às 11h36.

Nesta terça-feira (5), milhões de eleitores dos Estados Unidos vão às urnas para eleger o presidente do país. A disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris apresentam diferentes visões. A corrida foi marcada por duas tentativas de assassinato contra Trump, a desistência de Joe Biden pela reeleição e a rápida ascensão de Kamala.

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As pesquisas de opinião nos últimos dias da campanha mostraram que os candidatos estão empatados (Foto: REUTERS/Andrew Kelly)

A campanha de Trump sugeriu que ele pode declarar vitória na noite da eleição, mesmo quando milhões de cédulas ainda não tiverem sido contadas, assim como fez há quatro anos. O ex-presidente tem dito repetidamente que qualquer derrota só poderia resultar de uma fraude generalizada, repetindo suas alegações de 2020. O vencedor pode não ser conhecido por dias se as margens nos principais Estados forem tão pequenas quanto o esperado.

Kamala Harris, 60 anos, a primeira vice-presidente mulher, se tornaria a primeira mulher, mulher negra e sul-asiática norte-americana a ganhar a Presidência. Trump, 78 anos, o único presidente a sofrer processo de impeachment duas vezes e o primeiro ex-presidente a ser condenado criminalmente, também se tornaria o primeiro presidente a conquistar mandatos não consecutivos em mais de um século.

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As pesquisas de opinião nos últimos dias da campanha mostraram que os candidatos estão empatados em cada um dos sete Estados que provavelmente determinarão o vencedor: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

Pesquisa Reuters/Ipsos mostra uma diferença significativa entre os gêneros, com Kamala liderando entre as mulheres por 12 pontos percentuais e Trump vencendo entre os homens por 7 pontos percentuais.

A disputa reflete uma nação profundamente polarizada, cujas divisões só aumentaram durante uma corrida ferozmente competitiva. Trump empregou uma retórica cada vez mais sombria e apocalíptica na campanha, enquanto Kamala alertou que um segundo mandato de Trump ameaçaria os próprios fundamentos da democracia norte-americana.

O controle de ambas as casas do Congresso também está em disputa. Os republicanos têm um caminho mais fácil no Senado dos Estados Unidos, onde os democratas estão defendendo várias cadeiras em Estados com tendência republicana, enquanto a Câmara dos Deputados parece uma disputa acirrada.

Os candidatos passaram o último fim de semana percorrendo os Estados decisivos em busca dos votos disponíveis. Trump fez seu último comício na noite de segunda-feira em Grand Rapids, Michigan, enquanto Kamala realizou dois comícios em Pittsburgh e na Filadélfia.

Mais de 80 milhões de norte-americanos já votaram antes de terça-feira, seja pelo correio ou pessoalmente, de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida.