São Paulo, 16 – O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deve atingir R$ 606,2 bilhões este ano, aumento de 1,7% ante 2018. Com base no resultado do setor em setembro, o Ministério da Agricultura calcula que as lavouras representam faturamento bruto de R$ 398 bilhões (-0,6%) e a pecuária, de R$ 208 bilhões (+6,4%).
De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, os setores que apresentam aumento real do VBP são algodão (+18,2%), banana (+19,5%), batata-inglesa (+107,4%), feijão (+58,8%), mamona (+37,9%), milho (+23,5%) e tomate (+13,2%).
Já os grupos que apresentaram retração do faturamento nas projeções do ano são arroz (-5,5%), café (-27,2%), cana de açúcar (-9,3%), mandioca (-13,2%), soja (-12,1%) e uva (-6,1%). “Estes têm exercido uma dupla pressão sobre o VBP, pois tanto seus preços quanto as quantidades retraíram-se neste ano”, disse a pasta em nota.
O desempenho da pecuária tem sido favorável este ano. “Com exceção do leite, que apresenta redução de valor em relação ao obtido em 2018, os demais apresentam desempenho favorável. Destacam-se os aumentos do VBP de suínos, 9,5%, frango, 12,8%, e ovos, 21,4%. Observamos que carne bovina também apresenta neste ano posição superior à do ano passado.”
O Centro-Oeste lidera o VBP, com valor estimado de R$ 177,79 bilhões. Em seguida, aparecem o Sudeste (R$ 145,4 bilhões), o Sul (R$ 141,7 bilhões), o Nordeste (R$ 56,9 bilhões) e o Norte (R$ 36,9 bilhões).
A Agricultura explica que o VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. “É calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do País, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.”
O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).