Além da proteína ser mais saudável, a escolha pela proteína vegetal pode gerar uma economia de R$ 204 mil para a Prefeitura de Curitiba
Alunos da rede municipal de ensino de Curitiba podem ter a carne vermelha substituída por proteína vegetal na merenda durante um dia da semana. O programa intitulado por ‘Segunda sem Carne’ foi criado pelos vereadores Goura (PDT), Fabiane Rosa (PSDC) e Katia Dittrich (SD), com o objetivo de cumprir as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que incentivam a redução do consumo de carne, principalmente a vermelha, como medida de saúde.
O projeto estabelece que estão fora do programa alunos que comprovem, por meio de nutricionista, a necessidade de uma dieta com proteína animal. Outra medida prevista é a possibilidade de capacitação de merendeiras, cozinheiras e de pessoas jurídicas que prestam serviços ao município sobre o uso de proteína vegetal. “A substituição da proteína animal pela proteína vegetal uma vez por semana, além de beneficiar a saúde, o planeta e os animais, também é responsável por significativa redução de custos nas compras alimentares” esclarecem os autores.
De acordo com a justificativa, baseada no Guia Alimentar para a População Brasileira, alimentos de origem animal podem apresentar elevada quantidade de calorias por grama e teor excessivo de gorduras não saudáveis (gorduras saturadas), características que podem favorecer o risco de obesidade, doenças do coração e outras doenças crônicas.
O projeto ainda cita como exemplo que um quilo de acém, que custa em média R$ 11, serve no máximo 20 crianças. Em contrapartida, a proteína de soja, que custa em média R$ 7, atende às necessidades de 50 pessoas. “Na prática, um município que fornece refeições para 10 mil alunos teria uma economia de R$ 204 mil” justifica o projeto.
Tramitação
O projeto foi protocolado no dia 1º de agosto e será encaminhado para a análise da Procuradoria Jurídica, para receber instrução técnica, e depois segue para as comissões do Legislativo. Depois de passar pelas comissões, a matéria vai para o plenário e, se aprovada, para a sanção do prefeito para virar lei.
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