Bebê de três meses morre de coqueluche em Curitiba; veja sintomas
Esta é a segunda morte registrada no Paraná por coqueluche; primeiro caso foi registrado em Londrina
O Paraná confirmou a segunda morte por coqueluche neste ano, conforme a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Trata-se de um bebê, de apenas três meses, que morava na capital. A morte deve aparecer no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que será divulgado ainda nesta quarta-feira (28).
De acordo com os dados da Sesa, em julho, um bebê de seis meses, que morava em Londrina, no norte do Paraná, morreu de coqueluche. Antes destes casos, a última morte pela doença no estado foi registrada em 2019.
Sintomas da doença
O risco da coqueluche é maior para crianças menores de um ano e, se não tratada corretamente, pode evoluir para o quadro grave e até mesmo levar à morte. A doença evolui em três fases. Na inicial, os primeiros sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum, com febre baixa e mal-estar geral e coriza. Na segunda, surgem crises de tosse seca (cinco a dez tossidas em uma única inspiração), que podem ser seguidas de vômitos e falta de ar. Na terceira os sintomas anteriores diminuem, embora a tosse possa persistir por vários meses.
Em 2019 o Paraná registrou 101 casos; em 2020 foram 26; em 2021 foram nove, caindo para cinco no ano seguinte e chegando a 17 em 2023.
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
- Mal-estar geral
- Corrimento nasal
- Tosse seca
- Febre baixa
No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem.
- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
- A tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração
- A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo
Como prevenir a coqueluche
A vacinação é o principal meio de prevenção da coqueluche. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferta vacina específica para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano.
A coqueluche é uma doença endêmica, com epidemias surgindo ciclicamente a intervalos de três a cinco anos. A suscetibilidade à doença é geral.
O indivíduo torna-se imune em duas situações:
- ao adquirir a doença (a imunidade duradoura, mas não é permanente);
- pela vacina, mínimo de 3 doses com a pentavalente (DTP+Hib+Hepatite B) um reforço aos 15 meses, e um segundo reforço aos 4 anos com a tríplice bacteriana (DTP).
Gestantes devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana a cada gestação. A imunidade não é permanente, após 5 a 10 anos, em média, da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente.
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