Beto Preto alerta para chegada de 'onda' de dengue nas regiões Leste e Sul do PR

por Daniela Borsuk
com informações de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 17 abr 2024, às 15h16.

O secretário estadual da Saúde do Paraná, Beto Preto, falou sobre o aumento no número de casos de dengue, nesta quarta-feira (17). Em entrevista à RICtv, o secretário afirmou que a expectativa é de que novos diagnósticos sejam confirmados nas próximas semanas, principalmente em cidades como Paranaguá, Curitiba, cidades da Região Metropolitana, Ponta Grossa, Irati e Guarapuava.

“Infelizmente, está chegando esta ‘onda’ pro estado, para a região macro leste-sul, então nós teremos, possivelmente, um número muito maior de casos em regiões que nós não tínhamos”, disse ele. Beto Preto também afirmou que o cenário tem sido muito afetado pelas mudanças climáticas, como o El Niño, que anteciparam em dois meses a ampliação da curva de casos.

“Nós entendemos que nas próximas três ou quatro semanas vamos enfrentar ainda a chegada da dengue em cidades em que isso não é característico, uma cidade que está passando por isso é Ponta Grossa, e vamos tentar dar o enfrentamento necessário”, relatou o secretário.

O boletim de casos da dengue também acendeu o alerta, já que o número de notificações continua a crescer. “O que este boletim nos mostrou, é que nós saímos do patamar que estávamos há duas ou três semanas, e crescemos 14% no número de notificações. Isto é um fator que tem chamado atenção, o Ministério da Saúde acabou de acusar isto também, redobra o nosso cuidado”, ressaltou Preto. A tendência, nesta época, era de que os números estivessem caindo, segundo o secretário, mas eles só aumentam.

Medidas para combater a dengue

O secretário afirmou que o Estado está se mobilizando para combater a dengue no Paraná, mas que é preciso que a população contribui, já que não há vacina para todos. A remoção manual dos focos é uma das frentes, que pode ser feita pelos paranaenses.

“O Governo do Estado tem feito um trabalho junto com os municípios principalmente na abordagem da remoção mecânica dos focos dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Estamos sendo pressionados pela mudança climática, que antecipou em dois meses o principal quadro de dengue. Agora, temos outros fatores, temos focos grandes de dengue dois e dengue três em todo o estado. A dengue três o paranaense não tem nenhuma imunidade. Então isso também corroborra a ampliação do número de infectados”, disse ele.

“Soma-se a tudo isso que, neste momento, nós temos pelo menos 50 municípios pedindo o fumacê, e nós estamos sem o veneno do Ministério da Saúde. Nos fizemos já uma compra, devem nos entregar no início de maio, mas é a última instância, quando não deu certo o combate”, disse.

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