Brasil registra 751 óbitos em 24 horas e se aproxima de 10 mil mortes por Covid-19

por Gabriel Azevedo
com informações da Agência Brasil
Publicado em 8 maio 2020, às 00h00.

Com 10.222 novos casos confirmados de Covid-19, o Brasil chegou a 145.328 pessoas infectadas, um aumento de 7,5% nas últimas 24 horas, quando foram registradas 135.106 pessoas.

A atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8). O número foi o segundo mais alto, abaixo apenas do recorde de quarta-feira (6), quando os novos casos atualizados somaram 10.503.

O Brasil bateu novo recorde de mortes nas últimas 24 horas, com 751. A Covid-19 matou 9.897 pessoas no País. A letalidade ficou em 6,8%.

107 mil hospitalizações

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, até nesta sexta-feira (8), foram identificadas 107 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cerca de 606% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Do total, 27.086 foram confirmadas por Covid-19, 37.101 foram classificados como não especificados e 38.096 em investigação. Ou seja, o número de hospitalizações pode crescer caso essas investigações atestem o diagnóstico de infecção com o novo coronavírus.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (3.416). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.503), Ceará (966), Pernambuco (927) e Amazonas (874).

Leitos

Na entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a secretária substituta de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Cleusa Bernardo, explicou que o órgão não conseguiu êxito nos editais para a contratação de dois mil novos leitos anunciados no mês de abril. Até o momento, foram locados 540 leitos aos estados.

“A empresa que tinha feito o compromisso de entregar 2.540 leitos não conseguiu. Já estamos no 3º edital para entregar o restante”, explicou.

Além disso, também não saiu, até o momento, o levantamento de ocupação de leitos. No dia 14 de abril, o ministério editou norma que obriga os hospitais a fornecerem essas informações às respectivas secretarias de saúde.

“Em relação à disponibilização dos leitos, está prevista para semana que vem um painel em que vamos colocar os dados. Dos hospitais, já tivemos preenchimento do sistema por 416 unidades. E por que a dificuldade? Porque os hospitais estão sobrecarregados nos atendimentos. Não é fácil para eles ter tempo de fazer essa informação, eles estão encontrando dificuldades”, justificou Cleusa Bernardo.

De acordo com a gestora, foram habilitados novos 116 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Para cada um, a receita diária será de R$ 1,6 mil. A habilitação consiste no custeio pelo governo federal de leitos abertos pelos estados e municípios. Uma lista de quantos leitos cada estado recebeu pode ser conferida no site do Ministério da Saúde.