Pesquisa mostra que 52% dos brasileiros não vão pagar todas as contas

Publicado em 29 abr 2020, às 00h00.

De acordo com uma pesquisa feita pela Boa Vista, uma empresa brasileira que alia inteligência analítica à alta tecnologia, 52% dos consumidores brasileiros afirmam que não vão conseguir pagar todas as contas por causa da crise causada pelo novo coronavírus.

No levantamento, 600 consumidores de todo o Brasil foram entrevistados entre 7 e 13 de abril de 2020. Para a leitura dos resultados, a empresa considera 4 pontos percentuais de margem de erro e 95% de grau de confiança.

Grande parte dos brasileiros enfrentam dificuldades para pagarem parte das contas

Ainda conforme a pesquisa, 80% dos consumidores já fizeram uma revisão do orçamento doméstico, e 56% responderam que conseguem manter as contas no máximo dois meses.

Outros 12% afirmam ter fôlego entre três e quatro meses e 12%, para mais de quatro meses. 20% não sabem dizer até quando conseguem pagar.

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Além disso, 49% dos consumidores têm alguma compra parcelada (como no cartão de crédito, cartão, boleto ou carnê de loja e cheque pré-datado) e 27% financiamentos ou empréstimos (como financiamento de veículos/imóvel ou empréstimo pessoal/consignado).

Busca por crédito

Incertos sobre o futuro de suas finanças, 59% dos consumidores entrevistados acreditam que precisarão contratar crédito para pagar as contas durante ou após a pandemia. Outros 41% dizem que não irão precisar contratar crédito neste momento.

E quando feita a mesma pergunta, se iriam precisar contratar crédito, dos 52% declararam que irão conseguir pagar apenas parte ou nenhuma conta nos próximos meses, 83% deles responderam que precisarão tomar crédito.

E mesmo entre os 48% que dizem que não vão precisar de crédito porque acreditam conseguir manter as contas em dia com a renda que possuem, 34% alegam que, em algum momento, vão precisar de crédito extra, se o fechamento do comércio, demissões e diminuição de renda continuar.

A principal modalidade citada pelos que afirmam ter de tomar crédito, seja durante ou depois da pandemia, foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%).