Câncer de mama: prevenção e diagnóstico precoce como o seu melhor aliado

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Publicado em 30 out 2020, às 12h05. Atualizado às 12h10.

Você sabia que somente em 2020 o Instituto Nacional de Câncer (INCA) registrou cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil? Os dados representam 29,7% das mulheres, o que torna o trabalho de prevenção e conscientização ainda mais importante.

No último mês de outubro, queremos te lembrar alguns cuidados imprescindíveis para combater essa doença. Vamos juntos?

Câncer de mama é o mais incidente em mulheres do mundo todo

Em todo o mundo, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres, e é considerado a quinta causa de morte mais comum por câncer e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

No Brasil, a estimativa de 2020 é que a incidência de câncer de mama em mulheres tenha sido de 43,74 casos a cada 100.000 mulheres.

Conforme o INCA, o câncer de mama corresponde as anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama, e o sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular.

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Além disso, outros sinais do câncer de mama são edema cutâneo semelhante a casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

“A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila”, explica o INCA.


Câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos

A princípio, a maior incidência do câncer de mama acontece progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia.

Na população feminina abaixo de 40 anos, conforme o INCA, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 10 vezes maior.

“O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários”, afirma o Instituto Nacional de Câncer.

Segundo o INCA, os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona).

Já os fatores comportamentais/ambientais incluem a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, e exposição à radiação ionizante. O tabagismo, por exemplo, é um fator estudado ao longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente reconhecido pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada evidência  de aumento do risco de câncer de mama em humanos.

Os fatores genéticos/hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos.

12 dicas para prevenir o câncer de mama

  • Não fume;
  • Alimentação saudável protege contra o câncer;
  • Mantenha o peso corporal adequado;
  • Pratique atividades físicas;
  • Amamente;
  • Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos;
  • Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos;
  • Vacine contra a hepatite B;
  • Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Evite comer carne processada;
  • Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios;
  • Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.