Sífilis bate recorde de casos em Maringá e prefeitura faz alerta
A Secretaria de Saúde de Maringá divulgou os dados atualizados dos casos de sífilis na cidade. De acordo com o levantamento, de julho a outubro houve uma notificação de 157 casos, o que prospecta números recordes no município para este ano.
De janeiro a outubro, foram notificados 359 casos da doença, sendo 281 homens e 78 mulheres. No primeiro semestre foram registrados 202 casos na cidade.
“A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser evitada com medidas preventivas, principalmente com uso de preservativos. Estamos acompanhando as notificações que vão surgindo e, principalmente, as regiões com mais casos”, explica o secretário de Saúde, Clóvis Melo.
Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, a maior incidência de casos de sífilis foi registrada na Policlínica Zona Sul, com 219 casos. “O maior número de casos é observado em pessoas que moram próximo às regiões universitárias”, afirma a gerente de epidemiologia, Maria Paula Botelho.
Entenda quais são os principais sintomas de Sífilis
A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primário, secundário e terciário). A sífilis primária consiste em pequenas feridas nos órgãos genitais que podem desaparecer de forma espontânea, além de gânglios e ínguas na região da virilha.
A secundária faz com que manchas vermelhas apareçam na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e nos pés, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e linfonodos espalhados pelo corpo. A sífilis terciária compromete o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, causando inflamação da aorta, além de lesões na pele e ossos.
No caso de gestantes, a infecção por sífilis pode colocar em risco a saúde da mulher e pode ser transmitida para o bebê. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal pode prevenir a sífilis congênita. Em casos de sintomas ou suspeita, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.