Com mais três mortes no Paraná, Secretaria de Saúde discute novas medidas contra a dengue

por Isadora Deip
com informações da Agência Estadual de Notícias e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 12 abr 2022, às 19h31. Atualizado em: 28 abr 2022 às 14h46.

O boletim semanal da dengue, divulgado nesta terça-feira (12), confirma mais três óbitos pela doença no Paraná. Ao todo, cinco mortes foram registradas neste período epidemiológico (de 1º de agosto de 2021 a julho de 2022).

As três novas vítimas são dois homens, um de 86 anos, que morava em Matelândia, e outro de 74 anos, morador de Tapira, além de uma mulher de 32 anos, residente de Medianeira. As duas mortes anteriores ocorreram nos municípios de Arapongas e Nova Esperança.

Também foram confirmados mais 4.882 casos, somando 16.560 confirmações. São 12.465 novas notificações, totalizando 65.040 registros em 360 municípios (sete a mais do que o anterior). Há ainda, 19.051 casos em investigação.

Novas políticas contra a dengue

Devido ao aumento dos casos, a Secretaria de Estado da Saúde realizou nesta terça (12) uma reunião para mapear e sugerir novas medidas de enfrentamento da dengue no Paraná. O evento contou com a participação de gestores da Secretaria de Saúde do Paraná, os diretores das 22 Regionais de Saúde, apoiadores do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems/PR), o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Júnior Weiller, e o diretor executivo do Consórcio Paraná Saúde, Carlos Roberto Kalckmann Setti.

“Este aumento vertiginoso no número de casos notificados e confirmados aponta para uma situação de eminente epidemia, e por esse motivo é necessário fazer um alinhamento de medidas, principalmente no que se refere à ação do Estado nas Regionais de Saúde e consequentemente nos municípios”,

explicou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

A proposta, segundo a Secretaria, é focar na mesma estratégia que se mostrou eficaz no combate à doença durante a epidemia de 2019.

“Precisamos sensibilizar os municípios para que centralizem o atendimento da dengue em uma unidade de referência para o acolhimento deste paciente. Isso favorecerá um manejo adequado dos pacientes por parte dos médicos, evitando condutas que possam resultar no agravamento da doença”,

disse o secretário.

Outras estratégias para combater a dengue são o contingenciamento de insumos e o combate dos focos dos criadouros, com apoio da Defesa Civil. O comandante da Defesa Civil, coronel Fernando Raimundo Schunig, afirma que já estão sendo realizadas ações em diversos municípios de forma direta com as Secretarias Municipais de Saúde, como mutirões para eliminação dos criadouros. “Estaremos com toda estrutura necessária da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para apoiar em tudo que estiver ao nosso alcance”, conta.

Criadouros

Segundo a Secretaria, a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

“90% dos criadouros são passíveis de remoção. Reforçamos a orientação de que as medidas de prevenção contra a dengue precisam ser adotadas por toda a população, a maioria dos criadouros estão presentes nos domicílios, por isso a recomendação para que todos verifiquem suas casas, quintais e eliminem os focos de água parada”,

complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
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