Comerciantes se 'revoltam' com medidas restritivas e pedem que 'irresponsáveis' sejam punidos
A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) manifstou-se, nesta sexta-feira (05), contra a prorrogação das medidas restritivas impostas pelo governo estadual, principalmente o fechamento dos serviços não essenciais. Conforme o presidente da entidade, Fernando Morais, não é o comércio que tem que ser punido, e sim, pessoas irresponsáveis que promovem aglomeração e disseminam o vírus.
No manifesto, a entidade ressalta que mesmo em meio à maior pandemia do século, há pessoas aglomerando em encontros familiares, festas clandestinas, bares, eventos religiosos e em muitos outros lugar. “Estamos passando por um momento muito difícil com o avanço acelerado da pandemia, mas os empresários não podem carregar este fardo sozinhos. O manifesto da Faciap tem o objetivo de evidenciar que o maior número de contágio ocorre pela aglomeração da população, mas não acontece no ambiente comercial. Quantos ainda precisam morrer para que parte da população entenda que também é responsável pela propagação do vírus?”, diz Morais.
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Auxílio emergencial
Nesta sexta-feira (05), o governador Ratinho Júnior lançou um pacote econômico de ajuda a vários setores da economia, inclusive o comércio. Para o setor, o governo estadual injetou R$ 30 milhões no Banco da Mulher e no Banco do Empreendedor para ajudar, principalmente, o pequeno e micro comerciante. Os juros são subsidiados pelo governo e, na teoria, o empreendedor só paga o valor que emprestou.
Mas não era bem essa a ajuda que a Faciap vinha pedindo aos governantes. Na semana passada, Fernando Morais mandou uma carta ao ministro da economia, Paulo Guedes, solicitando auxílio emergencial aos comerciantes, que já não sabem mais como sobreviver à crise econômica desencadeada pela pandemia. Ao invés de empréstimos, ele pede auxílio, igual ao que foi pago às famílias que ficaram sem renda durante a pandemia.
“Pleiteamos o auxílio emergencial, principalmente, para aquelas empresas que desenvolvem atividades consideradas não essenciais. Seja por isenção tributária, por redução ou zerar alíquota de PIS e COFIS, mas principalmente com a concessão de recursos financeiros diretamente ao empresário, sem atravessadores (instituições financeiras) que oneram e lucram ainda mais em cima daqueles que perecem”, diz um trecho da carta.
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