Mãe e filha morrem de coronavírus em Campina Grande do Sul

Publicado em 13 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h45.

Mãe e filha de 84 e 64 anos morreram vítimas de coronavírus em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, nesta terça-feira (12). De acordo com a prefeitura do município, ambas pacientes tiveram complicações provocadas pela Covid-19.

Casos de coronavírus em Campina Grande do Sul: mais integrantes da família estão com a doença

As vítimas eram moradoras de Jaguatirica, área rural de Campina Grande do Sul, e estavam internadas desde a semana passada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo.

Além das duas mulheres, o coronavírus também infectou a outra filha de uma das vítimas, de 58 anos, que está em estado grave respirando com ajuda de aparelhos.

A nora da família, de 23 anos, também foi contaminada, mas até o momento não apresentou sintomas da doença. De qualquer maneira, a jovem permanece em isolamento absoluto em sua casa.

Conforme a Prefeitura de Campina Grande do Sul, o marido da paciente de 64 anos também foi infectado pelo vírus. Ele está estável e se encontra isolado em sua residência.

novo teste anticorpos coronavírus

A princípio, existe a suspeita de que o homem tenha infectado as quatro pacientes, já que ele estava na região do Vale do Ribeira trabalhando.

Aumento de casos preocupa autoridades

Devido ao aumento de casos na cidade, que passou de sete para 11 em pouco mais de uma semana, o município se preocupa cada vez mais com as proporções que o coronavírus pode tomar na região.

De acordo com Marilda Schwartz, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, o número de contaminações já detectadas em Campina Grande do Sul é preocupante, principalmente por causa da grande faixa de extensão da rodovia da BR-116 que corta a região.

“Campina Grande do Sul está no corredor que liga São Paulo, capital – epicentro da pandemia no Brasil – ao sul do país. Este é um grande motivo de preocupação para nós aqui na cidade”, alerta.

Além disso, conforme Marilda, a situação é grave e a população precisa estar ciente de que há uma tendência em piorar o quadro.

“Não podemos abrir mão das medidas de proteção em benefício de nossa própria saúde. O distanciamento social, o uso de máscaras e o reforço a hábitos de higiene são indispensáveis”, completa a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.

Gráficos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde revelam que Campina Grande do Sul enfrenta o pico da doença, com o maior número de registros da Covid-19 em um menor espaço de tempo.

Ainda conforme o levantamento, 70% dos registros correspondem a pacientes do sexo feminino. Ao todo, o município já registrou três mortes pela doença.

Preocupado com a situação, o prefeito Bihl Zanetti cogita a adoção de uma estratégia mais rígida para evitar que a pandemia se alastre na área rural do município.

“Estamos adotando medidas específicas para a região. O lockdown  – que na prática, significa o absoluto confinamento da população – não é uma hipótese descartada”, revela o prefeito.

Em Campina Grande do Sul, a sanitização de ruas e locais de maior concentração da população têm sido aplicados, além do uso obrigatório de máscaras faciais.

Emergencialmente, a prefeitura tem distribuído ainda o cartão “Comida Boa”, programa do governo do estado que possibilita a moradores, conforme o preenchimento de determinados critérios que comprovem situação de vulnerabilidade social, a aquisição de produtos alimentícios por meio de um vale-compras no valor de R$ 50.

Serviço

Para sanar dúvidas, obter mais informações e comunicar possíveis sintomas a respeito da COVID-19, a população de Campina Grande do Sul pode acessar o serviço prestado pela central de atendimento por telefone, no número: 3676-8160 ou via Whatsapp: 99122-8142.