Crise econômica: empresários se preparam para a crise pós-coronavírus

por Carol Machado
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes com informações da Agência Brasil
Publicado em 22 abr 2020, às 00h00.

O isolamento social que salva vidas é necessário para voltarmos ao mundo normal o quanto antes. Porém, é inegável que haverá uma crise econômica devido ao fechamento de inúmeros comércios. De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) a pandemia provocada pelo novo coronavírus fará a economia brasileira encolher 5,2% neste ano.

Segundo o órgão, vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá a pior crise social em décadas, com milhões de pessoas passando por desemprego e pobreza.

Com o comércio fechado, muitas demissões e um cenário nada animador está previsto para os próximos meses, com isso os pequenos empresários começam a pensar em como salvar o seu negócio e se manter na ativa. A ordem é diminuir os prejuízos.

Devido a crise econômica, além de reduzir, renegociar e refinanciar, é hora de se reinventar. Para dar sua contribuição para o momento de recuperação, a Dooplace, uma startup curitibana de compartilhamento de espaços comerciais, zerou suas taxas por três meses. Isso deve garantir a geração de renda para proprietários e uma redução de custos de autônomos e profissionais liberais dos mais diversos setores.

O sistema da plataforma é o compartilhamento. Uma proposta acessível e sem burocracia, onde a pessoa escolhe o local mais adequado para a sua atividade, a região na qual necessita trabalhar e o período que pretende locar, podendo ser por hora, dia, semana ou mês. Sem precisar comprovar renda ou necessidade de fiador, o pagamento é feito por meio de cartão de crédito ou boleto.

Everson Gauer, diretor comercial da startup, acredita que, logo após o período de isolamento, a demanda por espaços ociosos para atuação de forma rápida deve crescer.

Outro ponto que vale destacar é que os proprietários de salões de beleza, clínicas, consultórios ou salas comerciais podem compartilhar o espaço com outros profissionais e gerar uma renda extra para poder enfrentar a crise econômica.

“Isso é crucial para garantir a liquidez do negócio, já que muitos estão parados em decorrência da pandemia. Em contrapartida, os usuários têm a possibilidade de atuar em um espaço comercial sem se preocupar com nenhum custo como água, luz, telefone, condomínio, etc. É vantagem para todos. Afinal, não é aluguel, é compartilhamento”, comenta.

Um dos grandes recursos para os empresários é, exatamente, o espaço que possuem. Uma sala, uma bancada, um escritório que pode ser utilizado por outros profissionais dispostos a pagar por hora, dia, semana ou mês.

A crise econômica afetará o mercado de trabalho e os indicadores sociais de forma significativa na região. A taxa de desemprego na América Latina saltará de 8,1% em 2019 para 11,5% em 2020. Isso significa que a região fechará o ano com 37,7 milhões de desempregados, alta de 11,6 milhões em relação ao ano passado. Portanto investir em espaços compartilhados, pode ser uma iniciativa de criar seu próprio negócio e uma boa maneira de economizar.