Paraná trabalha para salvar vidas e economia, diz Ratinho Junior sobre novo coronavírus

por Gabriel Azevedo
com informações da reportagem RIC Record TV, Curitiba
Publicado em 18 maio 2020, às 00h00.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), disse em entrevista ao Balanço Geral, da RIC Record TV, nesta segunda-feira (18), que durante a pandemia do novo coronavírus, o Governo do Estado trabalha para minimizar as perdas de vidas e na economia.

“O que o Paraná tem buscado fazer, através do Governo do Estado, desde o início da pandemia, é se inspirar em soluções QUE  tiveram melhor resultado no mundo. É o caso da Coreia do Sul, Cingapura, países que conseguiram passar com menor prejuízos de vida e na economia”, disse.

O governador explicou que o Paraná já estava preparado para a doença desde o ano passado, antes mesmo da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a Covid-19 era uma pandemia. Isso porque o governo detectou que o estado poderia sofrer uma epidemia de dengue, o que levou o poder público a reforçar a área da saúde, principalmente no interior do estado.

Ele destacou que três hospitais – Telêmaco Borba (Campos Gerais), Guarapuava (Centro) e Ivaiporã (Vale do Ivaí) -, que estavam previstos para dezembro, foram antecipados e serão entregues nos próximos dias.

“Nós temos uma capacidade hospitalar muito boa, mas ela estava muito concentrada em Curitiba. As pessoas tinham que se deslocar 500 quilômetros para cirurgia de vesícula. Nós descentralizamos, ampliamos a cobertura em todo o estado. E a possibilidade de enfrentar uma epidemia de dengue, ainda no ano passado, fez com que preparássemos a nossa rede regional ainda mais”, contou.

Testes para Covid-19 e reabertura

O governador disse que a reabertura de certos setores da economia, como academias e barbearias, depende da realização de testes para a Covid-19. Segundo Ratinho Junior, o Paraná é o estado que mais realiza testes no Brasil, atualmente.

Nesta segunda-feira (18), o estado dobrou a capacidade de testes diários de 600 para 1.200. E a expectativa é chegar em 5.600.

“Tudo é questão dos testes. Só assim teremos uma radiografia de como está se comportando o vírus”, explicou.

Segundo o governador, o decreto de atividades essenciais no Paraná não proibiu tudo. “Na maioria dos casos, fizemos recomendações. Não adianta eu baixar um decreto universal. Temos cidades de tamanhos diferentes, que vivem realidades diferentes. A indústria no Paraná, por exemplo, nunca parou. E se parou, foi por decisão própria. O nosso porto (de Paranaguá), bateu recorde em março, abril e vai bater em maio. Claro, nós o preparamos para isso”, complementou.

Ratinho explicou que todas as decisões são tomadas pela equipe técnica da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

“[Dependendo da situação] poderemos abrir setores com protocolos. Não dá para abrir shoppings e barbearias como se tudo estivesse normal. Não está normal. Não se trata de maneira normal um momento anormal. Com mais testes, teremos uma radiografia melhor. E aí sim, com protocolos, poderemos reabrir, mas com restrições”. 

Cloroquina, prefeitos e Bolsonaro

Ratinho Jr. disse que a pandemia do novo coronavírus não é o momento de fazer política.

“Discutir política agora é falta de inteligência. No Paraná, não temos tempo para perder com briga política”, afirmou. 

Ele conta que tem um bom relacionamento com todos os 399 prefeitos do Paraná e que mantem um bom diálogo com o presidente Jair Bolsonaro. “Tivemos um bom relacionamento técnico com o Mandetta, com o Nelson e temos com o Pazuello”.

Sobre a cloroquina, Ratinho conta que recebeu uma doação de 150 mil doses de um laboratório privado. E o medicamento foi colocado à disposição das regionais de saúde do Paraná. Mas que a decisão de prescrever ou não o medicamento é do profissional de saúde habilitado.

“Quem deve dizer se deve tomar ou não a cloroquina é o médico, não sou eu que vou dizer”.

Investimentos e retomada

Ratinho conta que o Paraná está investindo R$ 500 milhões na luta contra a pandemia do novo coronavírus no estado. “Estamos investindo em UTIs, reformas de hospitais, EPIs. O dinheiro é bem administrado, criamos uma comissão de compras, com a Controladoria Geral do Estado, para garantir que estamos comprando com preços justos”, revelou.

O governador do Paraná acredita que, até o mês de agosto, o pior terá passado, com a curva de contaminações em queda.

“Nós estamos motivados. Estamos preparando o Paraná para retomada da normalidade. Estou confiante que vamos voltar a gerar emprego, com novas indústrias, as obras de infraestrutura que vamos fazer são robustas. O agronegócio paranaense é muito forte. E o Paraná é um estado musculoso. A população daqui gosta de trabalhar, isso ajuda muito. O fato da gente gostar de trabalhar faz com que o Paraná esteja um passo a frente de outras regiões do Brasil e do mundo”.

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