Filtro capaz de matar 99,8% do coronavírus é criado por pesquisadores

por Renata Nicolli Nasrala
com informações do R7
Publicado em 8 jul 2020, às 09h55. Atualizado às 10h51.

Pesquisadores da Universidade de Houston, nos Estados Unidos (EUA), criaram um filtro de ar capaz de prender e matar instantaneamente o novo coronavírus. Mas como será que isso funciona? Entenda abaixo!

Filtro capaz de matar o coronavírus: teste mostrou que o vírus foi morto em uma única passagem pelo filtro

Segundo artigo publicado na revista científica Materials Today Physics, um teste com o vírus foi realizado no Laboratório Nacional de Galveston. No local, descobriu-se que 99,8% do vírus SARS-CoV-2 foi morto em uma única passagem pelo filtro, que é feito de um material amplamente disponível no mercado.

Na produção, é utilizada uma espuma de níquel que oferece pouca resistência, não conseguindo chegar aos 200ºC necessários.

Para solucionar este problema, os pesquisadores dobraram o material, e conectaram alguns fios elétricos para alcançar a temperatura desejada.

“Este filtro pode ser útil em aeroportos e aviões, em prédios de escritórios, escola e navios de cruzeiro para impedir a propagação da covid-19”, comentou Zhifeng Ren, diretor do Centro Texas  para Supercondutividade da Universidade de Houston e responsável pela descoberta.

Os pesquisadores sabiam que o vírus pode se manter suspenso no ar por até três horas e que ele não resiste a temperaturas acima dos 70ºC. Por isso, a única opção viável seria um filtro que pudesse retirá-lo rapidamente da circulação e conseguisse ser aquecido.

“Esta nova tecnologia de biodefesa para o ar de lugares fechados oferece prevenção contra a transmissão ambiental para aqueles que estão na linha de frente do combate ao coronavírus e será uma das tecnologias de ponta de lança no combate à pandemia atual e para outras ameaças que possam circular no ar de locais fechados”, comentou o Dr. Faisal Cheema, coautor da pesquisa e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Houston.

Os cientistas optaram por utilizar um método de estágios na hora de usar o novo aparelho.

“Começando com locais de alta prioridade, onde trabalhadores de serviços essenciais estão com um alto nível de exposição (especialmente escolas, hospitais e transportes públicos)”, explicaram os pesquisadores.