Há um ano, OMS declarava situação de pandemia do novo coronavírus; veja a linha do tempo

Publicado em 11 mar 2021, às 12h44.

Há um ano, no dia 11 de março de 2020, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciava que a covid-19 passava a ser caracterizada como uma pandemia. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.

Os primeiros casos da doença foram registrados em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. Apenas três meses depois, já existiam mais de 118 mil casos em 114 países e 4,2 mil mortes registradas. Os sistemas de saúde de diversos países já começava a entrar em colapso e a situação era de alerta e preocupação.

No Brasil, o primeiro caso da covid-19 foi registrado no dia 26 de fevereiro de 2020, em São Paulo. Em 11 de março de 2020, dia do anúncio da pandemia, o país já somava 34 casos, espalhados por oito estados. Na época, o então ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a declaração de pandemia já era esperada e que, na prática, o anúncio não mudaria nada para o Brasil.

O cenário, porém, se agravou rapidamente. No final de abril, Manaus se tornou o centro do caos no país, com insuficiência no sistema de saúde e no sistema funerário. Os brasileiros assistiam, em choque, pessoas sendo enterradas em valas comuns, chamadas de trincheiras, e containers frigoríficos sendo usados para comportar a alta demanda de caixões a espera de sepultamento.

Também em abril, quando a crise econômica passou a ficar mais severa com o fechamento de comércios, empresas e o desemprego, o Governo Federal implantou o auxílio emergencial, um programa de ajuda financeira para as famílias mais afetadas.

Em junho, o Brasil liderava o ranking na média diária de mortes de vítimas da covid-19, superando os números dos Estados Unidos e do Reino Unido, conforme informações da OMS.

Em agosto, a boa notícia: o Instituto Butantan anunciou que a vacina Coronavac estava prevista para outubro de 2020. Porém, a imunização para os brasileiros só chegaria meses depois do esperado. Os números começaram a ficar relativamente estáveis, mas em setembro tiveram uma nova alta, chegando a marca de mais de mil óbitos em 24 horas no dia 30.

Em 8 de dezembro de 2020, a primeira pessoa no mundo foi vacinada, uma mulher britânica de 90 anos, que recebeu uma dose do imunizante da Pfizer. No Brasil, a vacina finalmente começou a ser distribuída, chegando somente em 2021, no dia 17 de janeiro, em São Paulo. A primeira brasileira imunizada foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, que recebeu uma dose da vacina Coronavac, do Instituto Butantan.

Após a esperança que chegou com a distribuição das doses de vacina, o Brasil foi surpreendido com uma nova onda de casos no início deste ano. O novo coronavírus começou a apresentar mutações preocupantes, principalmente com a variante P.1, amazônica, mais transmissível e aparentemente mais perigosa para os jovens.

As unidades de saúde novamente começaram a lotar e as medidas de segurança e enfrentamento foram reforçadas para evitar o colapso em diversos estados. Vivendo a pandemia há um ano, os profissionais de saúde falam em exaustão e as autoridades alertam para o risco da falta de equipamentos, leitos, medicamentos e de equipe técnica para atender os pacientes.

Há 12 meses, as orientações ainda são as mesmas e frisam a importância do distanciamento social, do isolamento, a higienização adequada com álcool em gel 70% e o uso de máscara. A expectativa agora é pela vacinação em massa, para evitar o desenvolvimento de novas variantes e para salvar vidas.

Hoje, 11 de março de 2021, precisamente um ano depois da declaração de pandemia pela OMS, o mundo soma quase 120 milhões de pessoas infectadas pelo vírus e mais de 2,6 milhões de mortes. No Brasil, até o dia 9 de março, conforme dados do Ministério da Saúde, são mais de 11 milhões em casos acumulados e mais de 270 mil óbitos pela doença.