"Irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio", diz Greca sobre aglomerações em Curitiba

por Gabriel Azevedo
com informações da Prefeitura de Curitiba
Publicado em 27 abr 2020, às 00h00.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), disse nesta segunda-feira (27), que “irresponsabilidade em saúde pública pode ser homicídio” ao se referir aos eventos sociais que aconteceram ao longo do fim de semana na capital paranaense.

Com 535 casos de novo coronavírus confirmados, a capital paranaense foi palco de um campeonato de pipa neste domingo (26). Segundo o prefeito Rafael Greca, churrasco, festas e jogo de futebol foram algumas das situações reprimidas pela Guarda Municipal no último fim de semana.

Nesta segunda-feira, a Prefeitura de Curitiba notificou uma loja de móveis no bairro Novo Mundo, que anunciou uma promoção e abriu as portas, desrespeitando as medidas previstas pelo poder municipal. A empresa responsável deve apresentar defesa relativa à cassação de alvará. A fiscalização também fechou um bar no bairro Juvevê.

Isolamento social

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba reforça a necessidade de a população manter o isolamento domiciliar e distanciamento social, além da obrigatoriedade do uso de máscaras caseiras nos ambientes públicos, quando for inevitável sair. Deve-se ainda higienizar constantemente as mãos e evitar tocar o rosto.

“Ainda não chegamos no pico da epidemia em Curitiba. Precisamos manter o isolamento e distanciamento social, que é o que está nos ajudando, até o momento, a achatar a curva de casos no município”, explica a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

De acordo com a secretária, caso haja um relaxamento das medidas de isolamento e distanciamento social, por parte da população, com reuniões e confraternizações, Curitiba pode enfrentar um aumento significativo no número de casos de covid-19. “A população está sendo cooperativa até aqui. Precisamos manter o foco”, diz.

Penalidades

A Prefeitura de Curitiba alerta que os estabelecimentos que não cumprirem as medidas estabelecidas na resolução ficam passíveis de responsabilização administrativa, civil e penal, sujeitando-se, por exemplo, à cassação de alvará, entre outras medidas.

A resolução leva em conta a situação atual do coronavírus na capital e poderá ser revista a qualquer tempo, se assim o cenário da pandemia exigir.

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